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Setembro Amarelo: conheça sinais que indicam intenção de cometer suicídio

Este é o mês da campanha Setembro Amarelo, um período dedicado à conscientização e prevenção do suicídio. O tema deste ano é: "Se precisar, peça ajuda!"

Mulher segura fita amarela que remete ao Setembro Amarelo
Mulher segura fita amarela que remete ao Setembro Amarelo - Divulgação
Mylena Lira

Mylena Lira

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Publicado em 10/09/2023, às 15h11

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Este é o mês da campanha Setembro Amarelo, um período dedicado à conscientização e prevenção do suicídio, com o tema: "Se precisar, peça ajuda!" A iniciativa busca destacar a importância de discutir e tomar medidas efetivas para combater o problema global do suicídio, que afeta milhões de pessoas a cada ano.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, mais de 700 mil suicídios são registrados em todo o mundo. No entanto, esse número pode ser ainda maior devido aos chamados episódios subnotificados, que podem elevar esse triste registro para mais de 1 milhão de casos por ano.

No Brasil, é registrada uma média de 38 suicídios por dia, totalizando cerca de 14 mil casos por ano. Entre 2010 e 2019, o país registrou aproximadamente 112,2 mil mortes por suicídio.

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Transtornos mentais começam cedo

Uma informação alarmante é que muitos dos transtornos mentais têm início precoce, antes dos 24 anos. No caso dos adolescentes, metade dos casos se manifesta antes dos 14 anos. O presidente do Instituto Ame Sua Mente, o psiquiatra Rodrigo Bressan, destaca que muitas vezes observamos sintomas de depressão em adultos, mas a raiz do problema pode ter se desenvolvido muito mais cedo na vida.

Autolesão em idades cada vez mais jovens

Um fenômeno preocupante é o aumento da autolesão, que começa a se manifestar cada vez mais cedo, por volta dos 10 anos. Isso foi evidenciado em um estudo da Universidade Federal Fluminense (UFF), que analisou casos de estudantes entre 10 e 16 anos. Os resultados revelaram que 83% desses casos estavam associados a conflitos familiares não resolvidos e que a maioria estava relacionada à depressão.

A autolesão muitas vezes é uma forma de pedir ajuda, e sua ocorrência repetida deve ser tratada com atenção. Pode estar ligada a situações de bullying, cyberbullying, abuso físico, sexual ou de substâncias, questões psiquiátricas não identificadas e até mesmo dificuldades em lidar com frustrações.

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Sinais de Alerta

Um dos objetivos da campanha Setembro Amarelo é aumentar a conscientização sobre os sinais de alerta para o suicídio. Alguns indicadores são:

  • Expressão de ideias ou intenções suicidas;
  • Publicações negativistas nas redes sociais ou participação em grupos que incentivam o suicídio;
  • Isolamento social;
  • Atitudes perigosas;
  • Ausência de planos;
  • Comportamento desinteressado diante de eventos estressantes;
  • Despedidas ou declarações de despedida;
  • Organização de assuntos pessoais;
  • Queixas contínuas de desconforto, angústia ou falta de sentido na vida;
  • Presença de doenças psiquiátricas não tratadas.

Papel de pais e professores

Geralmente, professores são os primeiros a identificar a autolesão e outros sinais de sofrimento em jovens. Portanto, é fundamental que eles sejam capacitados para reconhecer quem precisa de ajuda. O apoio dos pais também desempenha um papel crucial na prevenção e no tratamento de problemas de saúde mental em jovens.

O diálogo é essencial, mas deve ser aberto, não julgador e não rotulador. A escuta atenta e o acolhimento são fundamentais para oferecer apoio a um jovem que possa estar passando por dificuldades emocionais.

Onde obter ajuda

Há diversas fontes de ajuda disponíveis no Brasil para quem precisa de apoio em questões de saúde mental. O site mapasaudemental.com.br oferece um mapeamento de locais que oferecem atendimento em saúde mental em todo o país.

Outras organizações, como o Instituto Ame Sua Mente e o Vita Alere, também oferecem recursos, atendimentos, cursos e palestras relacionadas à prevenção do suicídio e à saúde mental. O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma opção para apoio emocional, atendendo pelo telefone 188 ou no site cvv.org.br.

Em situações de emergência, centros de Atenção Psicossocial (CAPs), unidades básicas de Saúde (UBSs), unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão disponíveis para prestar assistência.

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