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Presidentes dos Três Poderes se unem contra atos terroristas em Brasília; Veja carta

Após atos terroristas em Brasília ontem (8) que destruíram os prédios do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, os presidentes dos três Poderes se reuniram no hoje

Presidente Lula em reunião com ministros
Presidente Lula em reunião com ministros - Divulgação
Mylena Lira

Mylena Lira

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Publicado em 09/01/2023, às 16h11

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Após atos terroristas em Brasília ontem (8), os presidentes dos três Poderes se reuniram no início da manhã desta segunda-feira, 9 de janeiro de 2023. As sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário foram invadidas no último domingo e depredadas por bolsonaristas radiciais que não aceitam o resultado das eleições e pedem um golpe militar no país.

Também participaram do encontro de hoje o ministro da Defesa, José Múcio, e o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, além dos ministros do STF Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli. A presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, caracterizou os atos como terrorismo e afirmou ontem que os crimes serão "devidamente julgados e exemplarmente punidos".

Além de danificar janelas e portas, foram destruídos móveis, estruturas arquitetônicas, obras de artes, entre outros itens dos prédios do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto. Os criminosos também roubaram documentos públicos sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), computadores e armamentos da sala de armas do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Só no Palácio do Planalto, o prejuízo apenas com a destruição de obras de artes, entre elas um quadro do Di Cavalcanti, está estimado em R$ 9 milhões. Houve, ainda, agressão a jornalistas e PMs que tentaram barrar o ataque terrorista.Além de agredir jornalistas e policiais, os criminosos

Ontem, o presidente Lula (PT) havia dito que "todas as pessoas que fizeram isso serão encontradas e punidas. A democracia garante o direito de liberdade de expressão, mas também exige que respeitem as instituições que foram criadas para fortalecer a democracia", afirmou no seu primeiro pronunciamento após os atos antidemocráticos.

Carta conjunta dos três Poderes

O presidente da República Lula, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o presidente em exercício do Senado Federal, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, divulgaram hoje uma nota conjunta dos três Poders em defesa da democracia.

No texto, eles dizem rejeitar os “atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas”. “Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras”, diz a nota, que foi publicada no perfil oficial de Lula no Twitter. Veja abaixo o documeno na íntegra:

+Policiais Militares do DF poderão ser exonerados por facilitar invasão em Brasília

Medidas tomadas após atos terroristas em Brasília

A Polícia Militar do DF, a quem cabia fazer a segurança do prédio dos três Poderes e evitar a invasão, facilitou a entrada dos bolsonaristas radiciais. A conivência pode levar à exonareção dos agentes. O secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, foi exonerado ontem mesmo.

Diante da falha na segurança, Lula decretou intervenção federal, medida que tira o comando da área de segurança pública do governo do DF - polícias e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal -, que ficará até o dia 31 de janeiro sob o controle da União.

Durante a madrugada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias. Segundo Moraes, houve omissão dolosa por parte de Ibaneis, que saberia antecipadamente que os bolsonaristas preparavam os ataques, mas não preparou um plano de segurança adequado para impedir o vandalismo.

Por conta dos crimes cometidos em Brasília, 300 bolsonaristas foram presos ontem, de acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Hoje, a Polícia do Exército e a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) prenderam mais 1.200 pessoas ao desocupar a área em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, ocupado desde o fim das eleições do ano passado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou que, além das investigações que estão em andamento, o Ministério da Justiça e Segurança Pública criou o e-mail [email protected] para receber informações sobre os atentados terroristas realizados no último domingo.

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