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Deplorável e humilhante, diz Lula sobre relatório das urnas produzido pelas Forças Armadas

Em reunião com parlamentares nesta quinta (10) presidente eleito Lula defendeu que Bolsonaro deve um pedido de desculpas à sociedade e às forças armadas

Presidente eleito durante encontro com parlamentares em Brasília
Presidente eleito durante encontro com parlamentares em Brasília - Reprodução Youtube - Lula critica relatório das Forças Armadas sobre as urnas
Jean Albuquerque

Jean Albuquerque

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Publicado em 10/11/2022, às 16h02

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O Ministério da Defesa enviou na noite de ontem (9) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório produzido pela equipe técnica das Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas. Nele, os militares atestam não haver fraude na condução do pleito eleitoral de 2022. 

Durante reunião com parlamentares em Brasília, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (10), que o relatório das Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas foi um episódio "humilhante" e "deplorável" para os militares, além de defender que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve um pedido de desculpas à sociedade e às forças. 

"Ontem aconteceu uma coisa humilhante, deplorável para nossas Forças Armadas. Um presidente da República, que é o chefe supremo das Forças Armadas, não tinha o direito de envolver as Forças Armadas a fazer uma comissão para investigar urnas eletrônicas", afirmou Lula. Além de destacar que esse controle sobre as urnas é "coisa que é da sociedade civil, dos partidos políticos e do Congresso Nacional". 

O presidente eleito ainda acrescentou que "ele [Bolsonaro] tem obrigação de vir à televisão e pedir desculpas à sociedade brasileira e pedir desculpas às Forças Armadas por ter usado as Forças Armadas, que são uma instituição séria". Sobre os militares, afirmou que eles foram "humilhados apresentando um relatório que não diz nada, nada, absolutamente nada daquilo que durante tanto tempo ele acusou". 

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Comissão de militares questionaram as urnas no ano passado

Ainda no ano passado, as Forças Armadas passaram a integrar a comissão para fiscalizar e fiscalizar as eleições após um convite do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luís Roberto Barroso. Após esse convite, eles passaram a endossar o discurso de Bolsonaro sem provas, de que as urnas não são seguras. 

Ontem (9), o Departamento de Defesa apresentou um relatório ao TSE que constatou que não houve fraude na eleição, mas apontou brechas no sistema de votação e solicitou uma avaliação urgente por uma comissão a ser criada. 

Sobre o assunto, o TSE vem conversando com militares desde os últimos meses sobre a segurança das urnas. A Corte emitiu um comunicado oficial depois da divulgação do relatório afirmando estar satisfeito com o recebimento do documento e que "não indicava qualquer conduta fraudulenta".

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