Trabalho remoto está diminuindo por medo das empresas, revela pesquisa

Por causa da pandemia do Covid-19, o trabalho remoto se tornou a alternativa para ajudar a conter a contaminação do vírus. Porém, esse modelo de trabalho parece estar perdendo forças, pelo menos é o que mostra uma pesquisa realizada pelo LinkedIn e publicada pela Bloomberg.

Em setembro, 12% dos trabalhos que foram anunciados em sites do País de Gales, Escócia, Irlanda do Norte e Inglaterra eram trabalhos remotos. Porém, em janeiro esse número era de 16%. Essa diminuição no número de empregos ofertados é um reflexo de um medo das empresas, que acreditam que o home office (trabalho remoto) diminui a produtividade. Segundo o LinkedIn, muitos profissionais estão sendo chamados para voltar ao escritório.

O LinkedIn ainda disse que de cada quatro chefes do Reino Unido, três estão preocupados com a desaceleração econômica, o que pode significar o retorno do trabalho flexível. Mas mesmo com a queda de empregos remotos ou híbridos, esses dois modelos são os mais populares entre os candidatos. 12% das vagas que foram anunciadas em setembro receberam 20% de candidaturas.

Mais produtividade no trabalho remoto

Mesmo com empresas temendo a diminuição da produtividade em trabalho remoto, numa pesquisa realizada pela Workspace Google em parceria com a IDC Brasil, a maioria dos 900 entrevistados disseram que sentem uma maior produtividade trabalhando de home office. Além disso, 67% dos entrevistados disseram que preferem trabalhar nesse modelo porque não precisam perder tempo se deslocando; 46% preferem porque podem passar mais tempo com a família; 31% gostam pelos horários mais flexíveis.

Outra pesquisa feita pela plataforma GeekHunter apontou que 78% dos profissionais de TI também preferem esse modelo. Dos 718 profissionais que foram entrevistados para esse levantamento, 66% disseram que sentiram um aumento na produtividade enquanto trabalham de home office. E 24,23% falaram que não sentiram diferença enquanto trabalham remotamente. Apenas 5,71% acharam que sentiram uma diminuição na produtividade.

Jornalista graduada pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Atualmente trabalha como repórter na editoria de Empregos na equipe de redação do JC Concursos. Possui experiência como redatora na Agência Re9 e como Social Midia.