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Estudo revela a falta de mulheres negras em empresas aéreas

Conforme o estudo, as mulheres negras também relataram casos de assédio e discriminação

Mulheres negras relataram casos de assédio em pesquisa
Mulheres negras relataram casos de assédio em pesquisa - Freepik
Victoria Batalha

Victoria Batalha

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Publicado em 28/03/2023, às 11h33 - Atualizado às 11h39

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Um estudo realizado pela Organização Quilombo Aéreo em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), revelou que não existem mulheres autodeclaradas negras trabalhando como pilotos em empresas aéreas brasileiras. 

No ano passado, apenas 2,3% dos pilotos são mulheres, o que significa que 97% das vagas estão preenchidas por homens e desse número, 2% são homens negros. Em relação aos comissários de bordo, 66% são mulheres e 5% são pessoas autodeclaradas pretas ou pardas. 

Segundo o levantamento feito pela organização, foram entrevistados profissionais e ex-profissionais negras da área, e existem comissárias e pilotas que são formadas, porém, não estão trabalhando. O que dificulta da integração das mulheres negras no setor são: 

  • Custo de formação profissional;
  • Falta de informações sobre a carreira;
  • Representatividade de mulheres pretas ou pardas;
  • Processos seletivos desiguais;
  • E a não aceitação de corpos negros. 

Além disso, o estudo destacou que existem outras dificuldades em que essas mulheres passam para se manterem no setor. Como: não representatividade, cobrança, negação ao corpo negro, dificuldade em aceitarem o cabelo crespo, machismo, assédio e saúde mental. 

Situações de assédio

A pesquisa também identificou relatos de assédio, seja sexual, moral ou psicológico, sofridos pelas profissionais negras e vindo de colegas de trabalho ou clientes das empresas áreas. 

A Latam chegou a anunciar a abertura de um processo seletivo exclusivo para a contratação de mulheres para os cargos de copiloto para as aeronaves Airbus A320. Além disso, a empresa que nasceu entre a união da companhia chilena LAN Airlines com a companhia brasileira, TAM Airlines, pretende preencher ao menos 40 vagas até dezembro deste ano. 

Outra pesquisa, realizada pela Trilhas de Impacto, apontam que ao menos 86% mulheres negras já passaram por algum caso de racismo nas empresas que trabalham. 

*** Este texto contém informações da Agência Brasil

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