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Taxa Selic caiu: Banco Central reduz juros básicos pela terceira vez seguida

Confira de quanto foi o percentual de corte da taxa Selic após decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) e como a redução impacta na economia

Várias notas de duzentos e cem reais ao lado de moedas de um real
Várias notas de duzentos e cem reais ao lado de moedas de um real - Divulgação
Mylena Lira

Mylena Lira

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Publicado em 01/11/2023, às 22h07

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O Banco Central (BC) decidiu, pela terceira vez consecutiva, reduzir os juros básicos da economia, desta vez cortando a Taxa Selic em 0,5 ponto percentual, fixando-a em 12,25% ao ano. A decisão foi tomada, em unanimidade, nesta quarta-feira (1º) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e reflete as condições atuais do mercado diante do comportamento dos preços e dos desafios econômicos globais.

O comunicado do Copom destacou a necessidade de maior atenção e cautela diante do cenário internacional, devido à elevação das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos, núcleos de inflação ainda elevados em diversos países e tensões geopolíticas recentes. Essa conjuntura adversa influenciou a decisão, que já era aguardada pelos analistas financeiros.

Apesar das dificuldades, o Comitê indicou a intenção de continuar reduzindo a Selic em 0,5 ponto nas próximas reuniões. Entretanto, ressalta a possibilidade de ajustar o tempo e o ritmo desses cortes, caso as condições tornem mais desafiadora a redução dos juros.

O comunicado oficial do Copom salientou que a extensão e intensidade do ciclo de flexibilização da taxa de juros dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, considerando componentes sensíveis à política monetária, expectativas de inflação, projeções, hiato do produto e o balanço de riscos.

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Taxa Selic: menor patamar desde 2022

A Taxa Selic atinge, com essa redução, o menor patamar desde maio do ano passado, quando estava em 11,75% ao ano. Vale relembrar que, de março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic em 12 ocasiões consecutivas, iniciando um ciclo de aperto monetário para lidar com a alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis.

O cenário econômico pós-pandemia, que impactou fortemente a produção e o consumo, resultou em um ciclo de queda da Selic, que chegou ao menor patamar da história, atingindo 2% ao ano, antes do início do ciclo de alta.

Inflação e expectativas futuras

A Taxa Selic é um instrumento-chave do Banco Central para controlar a inflação, medida pelo IPCA. Em setembro, o IPCA alcançou 0,26%, totalizando 5,19% nos últimos 12 meses. No entanto, as previsões oficiais e do mercado apontam para uma possível desaceleração da inflação.

Para 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação em 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. No Relatório de Inflação de setembro, o Banco Central manteve a estimativa de encerramento de 2023 com o IPCA em 5%. Contudo, o mercado tem previsões mais otimistas, apontando para uma inflação abaixo do teto estabelecido.

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Impacto na economia 

A redução da Taxa Selic tem potencial para estimular a economia ao tornar o crédito mais acessível, fomentando a produção e o consumo. No último Relatório de Inflação, o Banco Central elevou a projeção de crescimento do PIB para 2,9% em 2023.

As perspectivas do mercado também apontam para um cenário de crescimento, especialmente após o anúncio de que o PIB cresceu 0,9% no segundo trimestre. De acordo com o boletim Focus, os analistas econômicos preveem uma expansão de 2,89% do PIB em 2023.

A taxa básica de juros impacta as negociações de títulos públicos e serve como referência para outras taxas de juros na economia. Seu ajuste para cima visa controlar a demanda e, consequentemente, a pressão inflacionária. Reduzi-la, por outro lado, visa fomentar a atividade econômica, mas demanda um cuidado especial para evitar riscos inflacionários.

Impacto no bolso será pequeno

A redução da taxa Selic para 12,25% ao ano, decidida nesta quarta-feira (1º) pelo Banco Central, barateará pouco o crédito e as prestações, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Com o impacto na ponta final diluído, por causa da diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, o tomador de novos empréstimos sentirá pouco os efeitos do afrouxamento monetário.

Segundo a Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passará de 123,71% para 122,71% ao ano. Para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 59,98% para 59,24% ao ano. A Selic passou de 12,75% para 12,25% ao ano.

No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador desembolsará R$ 0,39 a menos por prestação e R$ 4,64 a menos no valor final com a nova taxa Selic. O cliente que entra no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,27 a menos.

*com informações da Agência Brasil

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