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Segundo pesquisa Datafolha, 53% acham que Lula consegue manter Auxílio Brasil em R$ 600

O Auxílio Brasil pagará R$ 600,00 até dezembro apenas. Porém, a manutenção da quantia se tornou promessa de campanha de Lula (PT) e Bolsonaro (PL)

Notas de cem, cinquenta, vinte, dez e cinco reais espalhadas
Notas de cem, cinquenta, vinte, dez e cinco reais espalhadas - Divulgação
Mylena Lira

Mylena Lira

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Publicado em 11/09/2022, às 19h27

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O Auxílio Brasil, que substituiu o antigo Bolsa Família, é hoje um dos mais importantes benefícios sociais do governo federal. Hoje, as famílias contempladas pelo programa recebem R$ 600, mas esse valor será repasado só até dezembro. Depois, deve ser reduzido. Porém, a manutenção da quantia se tornou promessa de campanha de Lula (PT) e Bolsonaro (PL).

O petista e o candidato à reeleição pelo Partido Liberal, inclusive, trocaram farpas sobre o tema no 1º debate dos presidenciáveis, na TV Band. Isso porque Lula disse que o atual presidente mentia sobre o pagamento dos R$ 600 no próximo ano.

A proposta orçamentária para 2023 enviada por Bolsonaro ao Congresso no último dia 31 estabelece o repasse de apenas R$ 405,00 para cada beneficiário. Portanto, haverá uma redução de 32,5% em relação ao montante pago hoje.

O valor original da parcela é de R$ 400,00. Portanto, será pago 1,25% a mais apenas, abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses. Apesar de não manter a quantia atual do Auxílio Brasil, o PLOA 2023 prevê ampliar o número de famílias atendidas em mais de um milhão: serão alcançada 21,64 famílias. Hoje em dia, cerca de 20,2 milhões recebem a ajuda financeira do Auxílio Brasil todo mês.

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Pesquisa Datafolha sobre Auxílio Brasil

Diante das promessas, o instituto Datafolha realizou uma pesquisa com 2.676 eleitores em 191 cidades, entre os dias 8 e 9 de setembro, na qual se perguntou quem os entrevistados consideram que tem mais chances de manter o Auxílio Brasil em R$ 600,00 no ano que vem.

Para 53% das pessoas ouvidas que já recebem o benefício, o ex-presidente Lula deve conseguir cumprir a promessa e pagar essa quantia em 2023. Apenas 37% acreditam que Bolsonaro tem chances de sustentar o valor atual.

Os candidatos a presidente da República Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) foram apontados por 1% dos entrevistados - percentual alcançado pelos demais concorrentes ao posto de chefe da nação juntos. Outros 2% responderam que nenhum político conseguirá dar continuidade ao pagamento de R$ 600,00.

Ao somar quem ganha o benefício e os que não recebem, os índices mudam, mas Lula permance melhor colocado, com 45% acreditando que ele vai tornar a quantia atual fixa. Nessa situação, 40% creem que Bolsonaro vai prolongar o benefício.

Benefícios do governo na PLOA 2023

A turbinada no Auxílio Brasil, que passou para R$ 600,00, foi possível graças a uma manobra de Bolsonaro, tida como eleitoreira. Por meio de uma Emenda à Constituição, mesmo ultrapassando o teto dos gastos para 2022, o presidente criou alguns benefícios sociais, entre eles o voucher caminhoneiro e o auxílio taxista, ambos de R$ 1 mil por mês. Entretanto, esses auxílios não terão continuidade no ano que vem, sendo pagos somente até dezembro. 

O Auxílio Brasil será mantido, mas em valor reduzido de R$ 405,00, como indicado no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2023. O pagamento do Vale Gás também está garantido no próximo ano, mas não em dobro, como agora. Como já era esperado, o benefício voltará a corresponder à metade do valor cobrado pelos comércios pelo botijão de cozinha de 13Kg. 

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Além disso, o PLOA amplia o salário mínimo nacional para R$ 1.302em 2023. Apesar do aumento de 7,43%, será o 4º ano seguido que o salário não terá reajuste real. Isso porque o piso nacional previsto para 2023 ficará abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses. Significa dizer que o poder de compra do brasileiro que ganha só o piso base não vai melhorar no próximo ano.

Confira abaixo outros principais pontos da proposta orçamentária, que traz as previsões do Poder Executivo para variáveis macroeconômicas, como produto interno bruto (PIB), inflação, câmbio e taxa de juros:

  • R$ 11,6 bilhões para reajuste salarial de servidores do Executivo;
  • R$ 80,2 bilhões em reduções de tributos e incentivos fiscais. A iniciativa vai prorrogar a redução de impostos federais sobre o custo dos combustíveis;
  • R$ 38,8 bilhões para emendas, sendo R$ 19,4 bilhões no chamado 'orçamento secreto';
  • PIB de 2,50%;
  • Inflação de 4,50%
  • Dólar a R$ 5,12;
  • Selic média de 12,49%;
  • Preço médio do barril de petróleo a US$ 93,93;
  • déficit de R$ 63,7 bilhões nas contas públicas; e
  • tabela do Imposto de Renda (IR) sem correção.

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