Saiba como a alta nos juros dos EUA pode impactar o bolso do brasileiro

Se no Brasil, a média dos preços está caindo e o país observou deflação nos últimos dois meses, nos EUA, a inflação aumentou mais uma vez durante o mês de agosto. Nesta terça-feira (13), o Departamento do Trabalho americano divulgou que o CPI (sigla em inglês do índice de preços ao consumidor) avançou 0,1%, enquanto que o mercado esperava uma variação negativa de 0,1%.

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação está em 8,3%, mas uma desaceleração em comparação com julho, que apresentou uma taxa de 8,5%. Contudo, o mercado esperava uma queda um pouco mais forte, na casa dos 8,1%. 

Mas como a alta da inflação interfere no bolso do brasileiro? 

Com a inflação mais alta nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americana, pode intensificar o movimento de altas nos juros. Com este movimento, a tendência é a fuga de capital estrangeiro no Brasil. 

“A inflação dos EUA, dentre as inflações globais, é a mais importante, porque gera impacto na política monetária americana. E como os EUA conduzem a política monetária deles influencia em como vamos ter de conduzir a nossa”, diz Matheus Peçanha, economista do Ibre/FGV ao Exame. “Eles vão ter de apertar lá, e nós vamos ter de apertar aqui”, resume.

Inflação mais alta nos EUA pode elevar preço do dólar

A diminuição na entrada de dólar no país pode aumentar o seu valor e, como consequência provocar um crescimento na inflação brasileira, que atingiu o seu ápice em julho. 

Os alimentos e as commodities são cotados na moeda norte-americana. Haja vista que nos últimos documentos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apesar da queda nos preços dos combustíveis e energia, os alimentos eram os vilões do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor). 

Logo, com os juros elevados na economia americana, a preocupação na retenção de alta da inflação pode ser freada e a taxa pode perder o controle mais uma vez.

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Jornalista especializado em produção de conteúdo para internet, SEO e marketing digital, com experiência em redação e edição de texto.

Formação em Ciências Sociais pela FFLCH-USP e graduado em jornalismo pela FAM, com cursos livres nas áreas de políticas públicas, economia e finanças.

Começou como estagiário no JC Concursos, mas também acumula experiências como redator na agência de comunicação Neto Angel. Além já atuou como editor na Serasa, Eu Quero Investir e Torcedores.com.