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Presidente do INSS é acusado de usar recursos públicos de forma indevida

Investigação revela práticas questionáveis do presidente interino do INSS envolvendo passagens aéreas. A atitude dele tem sido comentada pelos servidores do INSS

As justificativas do presidente do INSS não ocorreram conforme relatado por ele
As justificativas do presidente do INSS não ocorreram conforme relatado por ele - Agência Brasil
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 29/06/2023, às 18h19

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O presidente interino do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Glauco Wamburg, está envolvido em uma polêmica após denúncias de servidores revelarem que ele utiliza passagens pagas pelo governo para viajar constantemente de Brasília para o Rio de Janeiro. As viagens, justificadas como compromissos oficiais em prol da autarquia federal, na verdade, são usadas por Wamburg para ministrar aulas de direito previdenciário em uma faculdade particular.

Durante dois meses, o portal Metrópoles investigou as agendas do presidente do INSS, após denúncias de servidores, e constatou que muitos dos compromissos apresentados por Wamburg eram fictícios. Conforme a apuração, ele utiliza as viagens para dar aulas na Universidade Santa Úrsula, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, nos horários das 18h30 às 22h30, todas as segundas-feiras.

A prática de "farra das passagens" promovida por Glauco Wamburg tem sido comentada pelos servidores do INSS, que afirmam ser de conhecimento público a utilização de recursos públicos para viagens pessoais e aulas em instituições privadas. Segundo fontes internas, Wamburg sempre viajou às custas do governo para resolver assuntos particulares.

Durante o período analisado, as passagens custaram cerca de R$ 65 mil aos cofres públicos, sendo que mais de R$ 15 mil foram destinados a diárias para Wamburg.

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As justificativas do presidente do INSS não ocorreram conforme relatado por ele

O portal Metrópoles verificou as justificativas apresentadas por Glauco Wamburg para as viagens e encontrou inconsistências nos períodos alegados. Em diversos casos, as reuniões mencionadas pelo presidente do INSS não ocorreram conforme relatado por ele. Um exemplo é a viagem de ida e volta do Rio de Janeiro para participar de reuniões na superintendência regional do INSS, entre os dias 3 e 4 de abril, que custou R$ 3.696,78.

A própria superintendência afirmou que não houve reuniões no local no dia 3 de abril, e no dia 4, Wamburg não foi mencionado como participante nas reuniões realizadas. Outro caso é a viagem urgente de ida para o Rio de Janeiro em 27 de março, no valor de R$ 3.046,26. Segundo a Superintendência Regional do Rio de Janeiro, houve uma reunião do superintendente com um deputado estadual de Volta Redonda, mas o nome de Wamburg não foi citado como participante.

Além disso, há a alegação de uma reunião com o ministro da Previdência Social em 29 de maio, em Brasília, mesmo estando Wamburg no Rio de Janeiro. No entanto, o próprio Ministério da Previdência Social informou não haver registro de tal reunião. 

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