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Possibilidade de corte na taxa Selic é indicada pelo presidente do Banco Central

Apesar da queda na inflação, o presidente do Banco Central expressou preocupação com os núcleos de inflação. Ele também defendeu o atual cenário de crédito no país

Campos Neto defendeu o atual cenário de crédito no país
Campos Neto defendeu o atual cenário de crédito no país - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 12/06/2023, às 22h13

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou hoje a queda significativa na curva futura de juros no Brasil, o que abre espaço para a possibilidade de cortes na taxa básica de juros Selic. Entretanto, ele ressaltou a importância de agir com prudência e evitar reduções artificiais que comprometam os resultados almejados.

Durante um evento direcionado ao setor varejista em São Paulo, Campos Neto afirmou que a diminuição na curva de juros futuros reflete a confiança do mercado nas medidas adotadas, possibilitando a atuação da política monetária no futuro. Essas declarações aumentam as expectativas em relação à próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para a próxima semana.

Os agentes do mercado têm reduzido os prêmios embutidos na curva de juros brasileira, impulsionados pelos dados recentes de inflação e pelo otimismo em relação ao progresso do novo arcabouço fiscal no Congresso.

No momento, a precificação na curva de juros futuros sinaliza que o Banco Central deve iniciar os cortes na taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano, a partir de agosto, com uma redução de 0,25 ponto percentual.

Campos Neto defendeu o atual cenário de crédito no país

Campos Neto ressaltou que o mercado tem reagido positivamente ao arcabouço fiscal do governo, refletindo na queda dos juros futuros e na valorização cambial. Ele também mencionou que é provável que o país enfrente deflação em junho, mas espera-se que os índices de preços se elevem, resultando em uma inflação entre 4,5% e 5% em 2023.

Apesar da queda na inflação, o Presidente do Banco Central expressou preocupação com os núcleos de inflação, que desconsideram elementos voláteis e ainda permanecem elevados no Brasil e em outros países da América Latina. Ele destacou que esses núcleos representam a parte mais desafiadora do cenário atual.

Além disso, Campos Neto defendeu o atual cenário de crédito no país, afirmando que a desaceleração do crédito no Brasil é menor do que em outros países. Ele projetou um crescimento de 8% no crédito para 2023, após um aumento de 13,5% em 2022, especialmente para as empresas.

O Presidente do Banco Central também respondeu a questionamentos sobre o custo de rolagem da dívida no país, explicando que cortes na Selic sem a devida credibilidade podem acarretar efeitos negativos. Ele enfatizou a importância de reduzir a taxa Selic de forma responsável, considerando a estabilidade e a convergência da inflação.

Campos Neto concluiu destacando que a decisão sobre a taxa de juros é tomada pelo colegiado e que o debate é baseado em análises técnicas.

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