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População ocupada no Brasil alcança recorde de 100,7 milhões

Porcentual de empregados com carteira assinada no setor privado, após anos de declínio, voltou a crescer, atingindo 37,4% em 2023

Análise do IBGE aponta que o crescimento da população ocupada não foi acompanhado por um aumento na cobertura sindical
Análise do IBGE aponta que o crescimento da população ocupada não foi acompanhado por um aumento na cobertura sindical - Agência Brasil
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 21/06/2024, às 13h39

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Em 2023, o número de pessoas ocupadas no Brasil atingiu um recorde de 100,7 milhões, um aumento de 1,1% em relação ao ano anterior, quando o total era de 99,6 milhões. Comparado a 2012, o crescimento foi ainda mais significativo, chegando a 12,3%, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

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A população em idade de trabalhar também cresceu, alcançando 174,8 milhões de pessoas, representando uma expansão de 0,9% em relação a 2022. O nível de ocupação foi estimado em 57,6% para 2023.

O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado, após anos de declínio, voltou a crescer, atingindo 37,4% em 2023, um aumento em comparação aos 36,3% de 2022. Este grupo atingiu o maior número da série histórica com 37,7 milhões de trabalhadores.

Os empregados sem carteira assinada no setor privado corresponderam a 13,3% em 2023, uma ligeira queda de 0,3 ponto percentual em um ano, mas ainda permanecendo entre os maiores índices registrados. No setor público, a estabilidade predominou com aproximadamente 12% da população ocupada, equivalente a 12,2 milhões de trabalhadores.

A estabilidade também se refletiu nos trabalhadores domésticos, que mantiveram a mesma proporção de 6% do total de ocupados em comparação com 2022. Já a categoria dos empregadores apresentou uma leve diminuição, passando de 4,4% em 2022 para 4,3% em 2023.

Outro dado relevante foi a queda no percentual de trabalhadores sindicalizados, que passou de 9,2% em 2022 para 8,4% em 2023, mantendo uma tendência de diminuição contínua desde 2012. As regiões Nordeste e Sul apresentaram os índices mais altos de sindicalização, enquanto as regiões Norte e Centro-Oeste registraram os mais baixos.

No setor de atividades rurais e públicas, a taxa de sindicalização também diminuiu. A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura tiveram uma queda na sindicalização, agora em 15%. Já na Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, o índice foi de 14,4%.

Os setores com maiores taxas de sindicalização foram os de trabalhadores familiares auxiliares (10,4%), empregados com carteira assinada no setor privado (10,1%) e empregados no setor público (18,3%). No entanto, mesmo esses grupos mostraram uma queda na sindicalização em comparação com o ano anterior.

A análise do IBGE aponta que o crescimento da população ocupada não foi acompanhado por um aumento na cobertura sindical. Fatores como a reforma trabalhista de 2017, que introduziu modalidades contratuais mais flexíveis, e o uso crescente de contratos temporários no setor público são algumas das possíveis causas dessa tendência.

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