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Pará confirma caso de vaca louca no interior. É seguro comer bovina?

Agência confirma caso de vaca louca em propriedade no Pará, mas enfatiza que é ele atípico, com baixo risco de contágio para rebanho e humanos

Pará confirma caso de vaca louca no interior. É seguro comer bovina?
Freepik
Victor Meira

Victor Meira

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Publicado em 22/02/2023, às 22h55

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O que foi um rumor durante todo o dia, agora está confirmado. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) confirmou hoje (22) um caso de mal da vaca louca no interior do estado.

Apesar da confirmação do caso, o órgão não citou o município afetado e comunicou apenas que é uma cidade do sudeste paraense, numa propriedade com 160 cabeças de gado.

Com isso, a Adepará aponta que a propriedade já foi isolada, inspecionada e interditada preventivamente. Amostras foram enviadas a um laboratório no Canadá para verificar se a ocorrência se trata de um caso clássico, em que há transmissão de um animal para outro, ou atípico, em que a doença se desenvolve de forma espontânea na natureza, geralmente em animais idosos.

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A Adepará divulgou um comunicado no qual enfatizou que está considerando a possibilidade de um caso atípico, mas que não há risco de disseminação para o rebanho ou para seres humanos. O órgão também mencionou que está em constante comunicação com o Ministério da Agricultura e Pecuária, e está lidando com o assunto de maneira transparente e responsável.

A ocorrência da morte no pasto amplia a probabilidade de que o suposto caso de vaca louca tenha se originado de maneira "atípica", de forma espontânea na natureza, em vez de ter sido transmitido por meio da ingestão de ração animal contaminada. Isso, em princípio, diminui a possibilidade de imposição de barreiras comerciais.

Diante disso, caso se confirme um caso “atípico”, o consumo de carne no Brasil é seguro. Em 2021, quando houve a confirmação de dois casos em Minas Gerais e Mato Grosso, a professora do Departamento de Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal da Escola de Veterinária da UFMG, Débora Sampaio de Assis, afirmou para o jornal “O Tempo”, que os casos no Brasil são detectados porque há um rigoroso trabalho de inspeção sanitária realizado no país.

De acordo com a professora, a fiscalização nos frigoríficos é realizada antes e depois do abate dos animais. É graças a esse processo de controle que os casos atípicos podem ser identificados. Cada animal abatido passa por um exame minucioso, o que ressalta a importância de os consumidores estarem cientes da origem da carne que consomem. A professora alerta que, no interior, a carne proveniente de abates clandestinos não passa por inspeção e, portanto, não oferece nenhuma garantia de qualidade.

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O que acontece quando um país tem vaca louca registrada?

Quando um país apresenta casos de vaca louca, pode haver restrições comerciais impostas por outros países que buscam proteger seus próprios rebanhos e garantir a segurança alimentar de seus cidadãos. Essas restrições podem incluir a proibição de importação de produtos de origem animal do país afetado, como carne bovina, produtos lácteos e outros produtos relacionados.

Além disso, o país afetado pode ser obrigado a tomar medidas para controlar a disseminação da doença, como o sacrifício de animais doentes e a implementação de medidas de segurança alimentar para evitar a transmissão da doença para os seres humanos.

É importante ressaltar que a vaca louca, também conhecida como encefalopatia espongiforme bovina (EEB), é uma doença rara em bovinos e a maioria dos países tem medidas rigorosas de prevenção e controle para evitar a disseminação da doença. A detecção de casos de EEB em um país não significa necessariamente que os produtos de origem animal desse país representem um risco à saúde pública ou animal, mas pode levar a medidas preventivas para proteger a saúde pública e a segurança alimentar.

E o preço da carne? 

O preço da carne bovina pode ser afetado quando um país apresenta casos de vaca louca e tem restrições comerciais impostas por outros países. Isso porque a demanda por carne bovina pode diminuir em função da preocupação dos consumidores com a segurança alimentar e também pela redução das exportações para outros países.

A queda na demanda por carne bovina pode afetar os preços dos produtos e também a renda dos produtores. Além disso, as medidas de controle e prevenção da doença, como a proibição de exportação de produtos de origem animal e o sacrifício de animais doentes, podem gerar custos adicionais para o setor produtivo.

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