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Lula avalia sancionar legalização de jogos de azar no Brasil, mas minimiza impacto econômico

Projeto propõe a instalação de cassinos em polos turísticos e complexos integrados de lazer, como hotéis de luxo com no mínimo 100 quartos, além de restaurantes e bares

Presidente também desafiou a ideia de que cassinos fariam os pobres gastar suas economias
Presidente também desafiou a ideia de que cassinos fariam os pobres gastar suas economias - JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 21/06/2024, às 15h04

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (21) que deve sancionar o projeto de lei que propõe a legalização de cassinos e jogos de azar no Brasil, como bingo e jogo do bicho. Lula, porém, advertiu que essa medida não será a solução para os problemas econômicos do país em termos de receitas e geração de empregos.

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Durante entrevista à Rádio Meio Norte, em Teresina, no Piauí, onde cumpre agenda de trabalho, o presidente comentou que, caso o texto seja aprovado pelo Congresso com consenso entre os partidos, “não há razão para não sancionar”. A declaração foi feita após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovar o relatório sobre o Projeto de Lei 2.234/2022, que agora segue para votação no plenário da Casa.

O projeto propõe a instalação de cassinos em polos turísticos e complexos integrados de lazer, como hotéis de luxo com no mínimo 100 quartos, além de restaurantes, bares e espaços para eventos culturais. Cada estado e o Distrito Federal poderiam receber uma licença para um cassino, com exceções para São Paulo, que poderia ter até três, e Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará, que poderiam ter até dois, devido à população ou ao tamanho do território.

Desde 1946, a exploração de jogos de azar é proibida no Brasil. Críticos da proposta apontam que a legalização pode aumentar o vício em jogos e fomentar a prostituição, o consumo de drogas e atividades mafiosas.

Lula, que não se considera jogador e nem defensor dos jogos, declarou que não vê o ato de jogar como criminoso. "Esse discurso sobre jogos de azar já teve alguma verdade. De todos os jogos, sempre achei que o jogo do bicho distribuía mais dinheiro, com prêmios de R$ 30, R$ 40, R$ 50. Mas agora temos jogatina na televisão, no esporte, e crianças apostando no celular. Quem controla isso?", questionou.

O presidente também desafiou a ideia de que cassinos fariam os pobres gastar suas economias. "O pobre não vai ao cassino; ele vai trabalhar lá. Pode até ver sua cidade se desenvolver, mas o cassino é para quem tem dinheiro", observou Lula.

Aqueles que apoiam a proposta destacam os benefícios econômicos, como a criação de empregos, desenvolvimento turístico e aumento da arrecadação de impostos. Lula, embora reconheça esses aspectos positivos, insiste que não serão suficientes para resolver os problemas do país.

"Não acredito nessa promessa fácil de gerar dois milhões de empregos e desenvolver o país. Minha prioridade é fazer a economia crescer, investir em educação e gerar empregos com salários dignos. É nisso que devemos apostar para o Brasil ganhar", concluiu o presidente.

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