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Homens brasileiros tem medo de doença específica, mas a maioria teme ir ao médico

Pesquisa envolveu homens com mais de 40 anos de todas as regiões do Brasil. Números refletem a percepção dos homens em relação à própria saúde

Pesquisa envolveu homens com mais de 40 anos de todas as regiões do Brasil
Pesquisa envolveu homens com mais de 40 anos de todas as regiões do Brasil - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 01/11/2023, às 11h36 - Atualizado às 11h50

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Uma pesquisa recente realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em parceria com o Laboratório Adium revelou que o câncer é a principal preocupação urológica entre os homens, com 58% deles manifestando temor em relação a essa doença. Em segundo lugar, com 37%, está a impotência sexual.

Esses números refletem a percepção dos homens em relação à própria saúde e suas atitudes em relação aos cuidados médicos. Os resultados da pesquisa, que envolveu homens com mais de 40 anos de todas as regiões do Brasil, destacam um cenário em que apenas 32% dos homens acima de 40 anos se consideram muito preocupados com sua saúde, e 46% só buscam atendimento médico quando sentem algo fora do comum.

Essa porcentagem aumenta para 58% quando a busca por assistência médica é exclusivamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O exame de toque retal, uma ferramenta importante na detecção precoce de doenças urológicas, ainda gera receio em muitos homens, especialmente aqueles com mais de 60 anos.

Um em cada sete homens manifesta temor em relação ao procedimento de toque retal 

Essa relutância em buscar cuidados médicos preventivos tem implicações significativas para a expectativa de vida masculina, com homens que não buscam atendimento médico preventivo vivendo, em média, sete a oito anos a menos que as mulheres.

O presidente da SBU, Alfredo Canalini, ressaltou a importância de conscientizar os homens sobre a necessidade de cuidar da própria saúde. Ele enfatizou que "sentir algo é algo que não passou com remédio caseiro" e que muitos homens recorrem à automedicação antes de procurar um profissional de saúde.

A pesquisa também revelou que, embora a maioria dos homens tenha conhecimento sobre o câncer (75%) e a prostatite (59%), a hiperplasia benigna (HPB), uma condição mais prevalente, é menos conhecida, com apenas 43% dos entrevistados tendo informações sobre ela. A falta de conhecimento sobre a HPB é mais pronunciada entre os homens mais jovens, com apenas 39% dos homens de 40 a 44 anos sabendo o que é.

Estima-se que cerca de 50% dos homens com mais de 50 anos desenvolverão algum grau de HPB

A HPB é caracterizada pelo aumento do tamanho da próstata, uma glândula localizada abaixo da bexiga, devido ao crescimento celular excessivo. Isso pode levar a sintomas como aumento da frequência urinária, dificuldade para iniciar a micção e outros problemas relacionados ao trato urinário. A SBU enfatiza que a dificuldade de urinar não deve ser considerada normal no envelhecimento e pode causar sérios problemas se não for tratada.

Além disso, a pesquisa destacou que muitos homens não consideram um problema ter dificuldades urinárias com o passar do tempo, o que pode levar à retenção urinária, infecções e lesões no trato urinário, incluindo os rins.

Dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) indicaram um alto número de internações devido ao câncer de próstata em 2023, com 21.803 casos registrados até julho. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 71.730 novos casos anuais da doença no período de 2023 a 2025. O câncer de próstata também foi responsável por 16.292 óbitos em 2022, uma média de 44 mortes por dia.

Os homens são encorajados a prestar atenção a sinais e sintomas que podem indicar problemas urológicos, como sangue na urina ou no sêmen, micção frequente, fluxo urinário fraco ou interrompido e noctúria (acordar várias vezes à noite para urinar).

Além disso, a pesquisa identificou outros problemas de saúde entre os homens, como sedentarismo (26%), pressão alta (24%) e obesidade (12%). A conscientização sobre a importância dos exames preventivos e o cuidado com a saúde são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e a expectativa de vida dos homens brasileiros.

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