Fed eleva taxa de juros dos Estados Unidos; saiba como isso afeta a sua vida no Brasil

O Federal Reserve (Fed) - espécie de Banco Central do Estados Unidos - subiu 0,75% na taxa de juros norte-americana, que opera agora em um intervalo entre 3% e 3,25% ao ano. Além disso, o órgão sinalizou que até o final do ano a taxa pode subir para 4,40% e no ano que vem 4,60%, sem a perspectiva de reduzi-la no curto prazo. 

O órgão estadunidense ressalta que aumentou a taxa de juros para frear o crescimento da inflação no país. O CPI de agosto (sigla em inglês para Índice de Preços ao Consumidor) - a inflação oficial - subiu 0,1%, enquanto esperava-se uma deflação, com uma taxa acumulada de 8,3%, a maior dos últimos 40 anos. 

“O comitê está fortemente comprometido em devolver a inflação na casa dos 2%”, afirma o Fed. 

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A entidade ainda cita que “os indicadores recentes apontam um crescimento modesto nos gastos e na produção”, contudo, a expectativa é a manutenção da desaceleração da economia norte-americana. A projeção de crescimento dos EUA é de 0,2% em 2022.

O desemprego também está crescendo no país, cuja taxa atual está em 3,8%, mas deve avançar para 4,4% no final de 2023, segundo o relatório do Fed.

Como a alta dos juros dos EUA pode afetar o Brasil

Os juros mais altos nos Estados Unidos podem afetar em duas direções: diminuição do capital externo e valorização do dólar. 

Com os juros mais altos nos Estados Unidos, o investidor estrangeiro tem preferência em aplicar o seu dinheiro no tesouro americano, considerado o mais seguro do mundo. Com isso, eles retiram as aplicações em países emergentes, como o Brasil, para direcionar para os EUA. 

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Logo, com menos dólares circulando por aqui, a tendência é uma valorização da moeda norte-americana. Como as principais commodities do mundo são cotadas a dólar, os preços dos produtos no Brasil podem ter um aumento generalizado nos preços e, como consequência disso, a inflação pode voltar a ser um pesadelo na vida dos brasileiros. 

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Jornalista especializado em produção de conteúdo para internet, SEO e marketing digital, com experiência em redação e edição de texto.

Formação em Ciências Sociais pela FFLCH-USP e graduado em jornalismo pela FAM, com cursos livres nas áreas de políticas públicas, economia e finanças.

Começou como estagiário no JC Concursos, mas também acumula experiências como redator na agência de comunicação Neto Angel. Além já atuou como editor na Serasa, Eu Quero Investir e Torcedores.com.