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Eleitores do Nordeste são criticados por maioria de votos em Lula

Campanhas xenófobas contra os nordestinos tornou-se prática comum após os resultados das eleições desde 2014. O termo Nordeste ficou em primeiro lugar no Twitter

Perfil criado para representar a região no Twitter expôs publicações xenofóbicas
Perfil criado para representar a região no Twitter expôs publicações xenofóbicas - Mapa/Portal g1
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 03/10/2022, às 22h13

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Os eleitores da região Nordeste, conhecida historicamente pela ampla votação no Partido dos Trabalhadores (PT), foram vítimas de xenofobia de bolsonaristas durante a apuração dos votos em todo o Brasil do 1º turno das Eleições 2022. Esse tipo de campanha xenófoba contra nordestinos tornou-se prática comum após os resultados das eleições.

O mesmo aconteceu em 2014, após a vitória de Dilma Rousseff, e em 2018 após a região impedir que Bolsonaro vencesse o pleito no primeiro turno contra Haddad. Como a apuração dos votos do pleito deste ano começou por regiões que apontavam favoritismo por Bolsonaro, a vantagem dele sob Lula se manteve estável até chegar nos estados nordestinos.

O Nordeste, juntamente com quatro estados do norte (Pará, Amazonas, Tocantins e Amapá) e Minas Gerais, ajudaram Lula a dar a volta por cima no fim da apuração, dando-lhe 48,24% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro ficou com 43,36%.

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O termo Nordeste ficou em primeiro lugar no Twitter; xenofobia é crime

Eleitores de Bolsonaro e simpatizantes do governo dele afirmaram que a vitória de Lula no Nordeste era motivada pelo assistencialismo do PT. No entanto, o assistencialismo é uma prática política de compra de votos, comum na República Velha (1889-1930), na qual os políticos forçaram os eleitores a votar em seus aliados por meio de ameaças.

Nesta segunda-feira (3), o movimento de xenofobia se manteve intenso, mas eleitores nordestinos também se manifestaram nas redes para defender a região.

Um perfil criado para representar a região no Twitter expôs várias publicações de eleitores de Bolsonaro com comentários criminosos sobre a população da região.

No Brasil, a xenofobia é criminalizada na Lei nº 9.459/1997, que prevê crimes causados ​​por discriminação ou preconceito com base em raça, cor, etnia, religião ou nacionalidade. O Código Penal Brasileiro também prevê em seu art. 140. punição para quem insultar outras pessoas por motivos raciais.

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