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CPMI 8 de janeiro: Bolsonaro queria código falso para simular invasão das urnas eletrônicas

Durante depoimento à CPMI 8 de Janeiro, o hacker Walter Delgatti Netto revelou que o marqueteiro da campanha de Bolsonaro teria sugerido simular um código-fonte falso para questionar a segurança das urnas eletrônicas

CPMI 8 de janeiro: Bolsonaro queria código falso para simular invasão das urnas eletrônicas
Lula Marques/Agência Brasil
Victor Meira

Victor Meira

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Publicado em 17/08/2023, às 16h57

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No âmbito das investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) 8 de Janeiro, novas revelações surgiram envolvendo a segurança das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições. O hacker Walter Delgatti Netto, conhecido por ter sido um dos responsáveis pela divulgação de conversas da Operação Lava Jato, trouxe à tona informações intrigantes.

Segundo Delgatti, durante seu depoimento à CPMI, o marqueteiro da campanha de reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro teria proposto a ele a simulação de um código-fonte falso. O objetivo era lançar dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas e, consequentemente, sobre a lisura do processo eleitoral.

Duda Lima, o marqueteiro em questão, teria sugerido duas abordagens para Delgatti. A primeira envolvia participar de uma entrevista com a esquerda e, de forma espontânea, abordar a questão das urnas eletrônicas. A segunda, mais controversa, consistia em criar um código-fonte falso que demonstrasse a possibilidade de manipulação de votos.

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De acordo com Delgatti, a ideia era produzir um vídeo com o código-fonte falso e divulgá-lo no dia 7 de setembro, quando haveria uma grande concentração de apoiadores de Bolsonaro em Brasília.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) esclareceu que o código-fonte das urnas eletrônicas passa por rigorosos testes realizados por especialistas independentes antes de ser utilizado nas eleições. Essa medida tem como objetivo garantir a invulnerabilidade do sistema, minimizando qualquer possibilidade de fraude.

A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), avalia que a proposta de simular um código-fonte falso tinha como objetivo criar uma peça publicitária para a campanha de Bolsonaro, utilizando Delgatti como garoto-propaganda. Segundo a senadora, a intenção era disseminar a ideia de que as urnas eletrônicas eram passíveis de manipulação.

Delgatti afirmou que as duas propostas não foram concretizadas devido ao vazamento da informação para a imprensa. A exposição do plano teria motivado o cancelamento das ações planejadas pelo marqueteiro. O depoimento de Delgatti trouxe à luz detalhes intrigantes sobre as estratégias discutidas nos bastidores políticos em relação às urnas eletrônicas e sua segurança.

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A CPMI 8 de Janeiro continua a investigar os acontecimentos e as alegações trazidas à tona por Walter Delgatti Netto, buscando esclarecer os fatos e preservar a transparência do processo democrático.

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