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Brasil terá 1ª mulher embaixadora nos EUA; Conheça a carreira de diplomata

O presidente Lula nomeou a diplomata Maria Luiza Viotti para chefiar a embaixada do Brasil nos EUA, a primeira mulher a ocupar esse posto. Carreira de diplomata exige aprovação em concurso público

Maria Luiza Viotti, nomeada embaixadora do Brasil nos EUA
Maria Luiza Viotti, nomeada embaixadora do Brasil nos EUA - Divulgação/Agência Brasil
Mylena Lira

Mylena Lira

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Publicado em 29/05/2023, às 20h06

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Nesta segunda-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou a diplomata Maria Luiza Viotti para o cargo de embaixadora do Brasil nos Estados Unidos. Com essa nomeação, Maria Luiza se tornará a primeira mulher a comandar a representação brasileira no país norte-americano. Continue a leitura para saber mais sobre a carreira de diplomata, que exige aprovação em concurso público.

Maria Luiza Viotti, de 69 anos e natural de Belo Horizonte, ingressou na carreira diplomática em 1976 e possui uma vasta experiência na área. Durante sua trajetória, ocupou cargos de destaque, incluindo diretora do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais (2004 a 2006) e diretora do Departamento de Organismos Internacionais (2006 a 2007).

No âmbito internacional, ela chefiou o gabinete do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, de 2017 a 2022. Anteriormente, atuou como conselheira na embaixada do Brasil em La Paz, na Bolívia, embaixadora-representante permanente na Organização das Nações Unidas (2007 a 2013) e embaixadora do Brasil em Berlim (2013 a 2016), na Alemanha.

A nomeação de Maria Luiza Viotti como embaixadora nos EUA foi oficializada por meio de publicação no Diário Oficial da União. Essa escolha reforça o compromisso do governo brasileiro com a representatividade e a equidade de gênero no alto escalão da diplomacia.

Além da nomeação de Viotti, o governo anunciou outras indicações de diplomatas para embaixadas brasileiras em diferentes países:

  • Ricardo Tavares será o embaixador na França;
  • Paulino Franco de Carvalho Neto assumirá a embaixada no Egito;
  • Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega será o embaixador na Índia;
  • Julio Bitelli comandará a embaixada na Argentina;
  • Everton Vieira Vargas será o embaixador na Santa Sé; e
  • Sérgio França Danese será o representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas.

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Funções de um Chefe de Embaixada

O chefe de embaixada, também conhecido como embaixador, é o representante máximo de um país no exterior. Essa posição envolve diversas responsabilidades e funções de grande relevância. Alguns dos principais papéis desempenhados por um embaixador incluem:

  • Representação diplomática: O embaixador é responsável por representar oficialmente o seu país de origem perante o país receptor, buscando promover os interesses nacionais e manter relações diplomáticas amistosas;
  • Negociações e diálogos: O embaixador é encarregado de conduzir negociações políticas, econômicas e comerciais entre o país que representa e o país onde está acreditado. Essas negociações podem abranger acordos bilaterais, cooperação em áreas específicas e resolução de conflitos;
  • Proteção de cidadãos e interesses: O embaixador tem a função de proteger os cidadãos do seu país que se encontram no exterior, oferecendo assistência consular em casos de emergências, dificuldades legais ou situações de crise. Além disso, também é responsável por zelar pelos interesses nacionais, como investimentos, comércio e cultura;
  • Promoção cultural e econômica: O embaixador atua na promoção da cultura, do turismo e das relações econômicas entre os dois países, organizando eventos, recepções e encontros empresariais para fortalecer os laços bilaterais;
  • Análise e relatórios: O embaixador deve realizar análises políticas, econômicas e sociais do país onde está acreditado, fornecendo informações atualizadas ao governo de seu país de origem, auxiliando nas tomadas de decisão e na formulação de políticas externas.

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Carreira de diplomata

Para chegar ao posto de chefe de embaixada, são necessários alguns requisitos e critérios específicos. O primeiro deles é se tornar um diplomada, carreira que exige aprovação em concurso público. O Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) é realizado anualmente pelo Instituto Rio Branco (IRB), que é a instituição de formação diplomática do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Inclusive, o novo edita para concurso de diplomata está prestes a sair. A seleção já conta com banca organizadora definida, o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades), e 30 vagas autorizadas. Porém, a oferta de vagas pode subir para 50 porque o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos enviou um pedido, em 23 de maio, para a inclusão de mais 20 oportunidades. 

Para concorrer, é preciso ter formação superior. Embora não haja uma área específica de formação exigida, é comum que os candidatos tenham formação em áreas como Relações Internacionais, Direito, Economia, Ciências Políticas ou áreas correlatas. Os diplomatas aprovados são nomeados terceiros-secretários e recebem remuneração inicial de R$ 21.584,98, já considerando o auxílio-alimentação de R$ 658.

O concurso IRB 2023 será composto por três etapas: uma prova objetiva e duas provas escritas. O exame objetivo exigirá a resolução de questões de múltipla escolha sobre as seguintes disciplinas:

  • língua portuguesa;
  • história do Brasil;
  • história mundial;
  • geografia;
  • língua inglesa;
  • política internacional;
  • economia; e
  • direito.

Já a primeira prova escrita demandará conhecimentos sobre língua portuguesa e língua inglesa. Por fim, a segunda prova escrita avaliará os candidatos sobre conteúdo de  história do Brasil; política internacional; geografia; economia; direito; língua espanhola e língua francesa.

Entre as funções que deverão ser exercidas pelo diplomata estão:

  • representar o Brasil perante a comunidade de nações;
  • promover os interesses do Brasil no exterior;
  • colher as informações necessárias à formulação de nossa política externa;
  • participar de reuniões internacionais e, nelas, negociar em nome do Brasil;
  • assistir às missões no exterior de setores do governo e da sociedade;
  • proteger os interesses de seus compatriotas; e
  • promover a cultura e os valores de nosso povo.

Perfil para embaixador

Quem sonha em se tornar embaixador deve ter uma sólida experiência no serviço diplomático. Isso pode incluir o desempenho de funções em embaixadas estrangeiras, participação em negociações internacionais, trabalho em órgãos governamentais relacionados à diplomacia, entre outros.

O domínio de idiomas estrangeiros é essencial para o desempenho das funções de um embaixador. Além da língua do país onde será acreditado, é importante ter proficiência em inglês e/ou francês, que são línguas amplamente utilizadas no âmbito diplomático.

Além disso, um embaixador deve ter habilidades sólidas de comunicação, negociação, resolução de conflitos e liderança. É necessário ser capaz de estabelecer e manter boas relações com autoridades estrangeiras, representantes da sociedade civil, empresários e outros atores relevantes.

Também é esperado que o embaixador tenha um bom conhecimento do país onde será acreditado, incluindo sua cultura, história, política e economia. Isso facilita a integração e a compreensão do contexto local, além de permitir uma atuação mais eficaz em nome do seu país.

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