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Brasil: riqueza se concentra nas mãos de poucos, diz estudo da FGV

Levantamento divulgado pela FGV revela que 1% mais rico da população brasileira cresceu 87% entre 2017 e 2022; renda dos 95% restantes cresceu apenas 33%

Riqueza se concentra na mão de poucos no Brasil
Riqueza se concentra na mão de poucos no Brasil - Divulgação JC Concursos
Jean Albuquerque

Jean Albuquerque

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Publicado em 17/01/2024, às 11h33

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Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) com base no imposto de renda mostra que os mais ricos estão concentrando cada vez mais renda no Brasil.

O estudo, que analisou dados de 2017 a 2022, revela que a renda do 1% mais rico da população brasileira cresceu 87% no período, enquanto a renda dos 95% restantes cresceu apenas 33%.

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Segundo o levantamento do IBRE/FGV, "além dos mais ricos terem, em média, maior crescimento de renda do que a base da pirâmide, a performance é tanto maior quanto maior é o nível de riqueza”.

Isso significa que, enquanto o bolo da renda brasileira ficou 54% maior, a fatia que ficou com os mais ricos cresceu 67%, enquanto a fatia que ficou com os mais pobres cresceu apenas 20%. Como resultado, a proporção do bolo apropriado pelos 1% mais ricos da sociedade brasileira cresceu de 20,4% para 23,7%.

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Isenção de tributos impulsionou concentração de renda

A pesquisa também mostra que a reconcentração de renda foi impulsionada pelos rendimentos isentos ou subtributados, que se destacam como fonte de remuneração principal entre os super ricos. Esses rendimentos incluem, por exemplo, ganhos de capital, heranças e dividendos.

O estudo conclui que, embora ainda seja cedo para avaliar se o aumento da concentração de renda no topo é fenômeno estrutural ou conjuntural, as evidências reunidas reforçam a necessidade de revisão das isenções tributárias atualmente concedidas pela legislação e que beneficiam especialmente os mais ricos.

Fatores que contribuem para a concentração de renda 

  • Assimetria de oportunidades - as pessoas nascidas em famílias mais ricas têm mais oportunidades de acesso à educação, saúde e emprego de qualidade, o que lhes permite gerar mais renda e riqueza;
  • Falta de mobilidade social - no Brasil, é difícil para as pessoas de baixa renda ascenderem socialmente. Isso ocorre, entre outros fatores, por causa da desigualdade de oportunidades e da falta de políticas públicas que promovam a mobilidade social;
  • Falta de tributação progressiva - o sistema tributário brasileiro é regressivo, ou seja, os mais ricos pagam menos impostos em proporção à sua renda do que os mais pobres. Isso contribui para a concentração de renda, pois os mais ricos acumulam mais riqueza, mas pagam menos impostos sobre ela.

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