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Alimentos mais caros elevam preço da cesta básica em nove capitais, segundo o Dieese

Em novembro de 2023, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu, em média, mais da metade do rendimento líquido para adquirir produtos da cesta básica

Vários alimentos sobre a mesa
Vários alimentos sobre a mesa - Divulgação
Mylena Lira

Mylena Lira

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Publicado em 07/12/2023, às 00h42

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Nova Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), revelou um aumento nos custos para adquirir alimentos básicos em nove das 17 capitais pesquisadas em novembro. Essa elevação impactou diretamente o preço da cesta básica, afetando o orçamento familiar em diversas regiões do país.

As cidades que lideraram as altas foram Brasília, com 3,06%, seguida por Goiânia (1,97%) e Belo Horizonte (1,91%). Por outro lado, algumas regiões apresentaram quedas expressivas, como Natal (-2,55%), Salvador (-2,17%), Fortaleza (-1,39%) e Campo Grande (-1,20%).

São Paulo manteve-se como a cidade mais cara para comprar a cesta básica, custando R$ 749,28, seguida por Florianópolis (R$ 747,59), Porto Alegre (R$ 739,18) e Rio de Janeiro (R$ 728,27).

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Alimentos mais caros: preço da cesta básica superior

O aumento nos preços de alguns alimentos essenciais contribuiu para o encarecimento da cesta básica. Entre os itens que tiveram altas significativas, destacam-se:

  1. Batata: O preço do quilo da batata aumentou em quase todas as capitais do Centro-Sul, variando entre 4,55% e 16,95%. As chuvas e altas temperaturas prejudicaram a qualidade, impactando os preços no varejo.

  2. Arroz agulhinha: O quilo do arroz teve elevação em 16 capitais, sendo mais expressiva em Aracaju (9,09%), Goiânia (6,52%), São Paulo (5,57%), Vitória (5,13%) e Brasília (4,97%). Fatores como diminuição da oferta em 2023 e o bom ritmo das exportações contribuíram para a alta.

  3. Açúcar: O valor médio do quilo do açúcar subiu em 14 cidades, com destaque para Fortaleza (3,73%) e Florianópolis (0,18%). A maior exportação do açúcar reduziu a oferta, elevando os preços no varejo.

  4. Carne bovina de primeira: O quilo da carne bovina apresentou alta em 13 capitais, impulsionada pelo ótimo desempenho das exportações, resultando em menor disponibilidade interna e preços mais elevados no varejo.

  5. Tomate: O preço do quilo do tomate teve elevações em Goiânia (0,58%) e Brasília (0,40%), com aumento médio significativo em 12 meses em diversas capitais.

  6. Café em Pó: Entre outubro e novembro, o preço do quilo do café em pó subiu em algumas cidades devido a oscilações no mercado internacional, queda na exportação brasileira e altos custos de produção.

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Substituições possíveis

Diante desse cenário, é importante buscar alternativas para manter uma alimentação saudável sem comprometer o orçamento. É fundamental que os consumidores estejam atentos às variações de preços e busquem soluções que se adequem às suas necessidades alimentares e financeiras. Algumas sugestões de substituições incluem:

  • Batata: Substituir por mandioca, inhame ou batata-doce;
  • Arroz agulhinha: Optar por outro tipo de arroz, quinoa, cuscuz ou mesmo por um dos carboidratos indicados anteriormente;
  • Açúcar: Usar alternativas naturais como mel, açúcar mascavo ou adoçantes naturais;
  • Carne bovina: Explorar outras fontes de proteína, como frango, peixe, ovos ou mesmo leguminosas que também são fontes de proteína;
  • Tomate: Substituir por vegetais como abobrinha e berinjela;
  • Café em Pó: Experimentar outras opções, como chá (alguns também têm cafeína).

Itens que compõem a cesta básica

A cesta básica é composta por itens essenciais para a alimentação familiar, incluindo arroz, feijão, carne, leite, açúcar, óleo, pão, café, entre outros. Esses alimentos são fundamentais para garantir uma dieta equilibrada e nutricionalmente adequada.

Vale ressaltar que, segundo o Dieese, a composição da cesta básica pode variar entre diferentes regiões do Brasil, especialmente entre o Nordeste e o restante do país. No Nordeste, a presença de produtos regionais modificam a composição, incorporando itens específicos da culinária local.

Salário mínimo necessário 

O Dieese estima mensalmente o salário mínimo necessário, considerando a cesta mais cara, que em novembro foi a de São Paulo. De acordo com a determinação constitucional, o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir despesas essenciais como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Em novembro de 2023, o valor estimado para o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas foi de R$ 6.294,71, equivalente a 4,77 vezes o mínimo vigente de R$ 1.320,00. Em outubro, esse valor era de R$ 6.210,11, representando 4,70 vezes o piso mínimo. Em novembro de 2022, o mínimo necessário era de R$ 6.575,30, correspondendo a 5,43 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212,00.

Tempo de trabalho para custear alimentação

O tempo médio dedicado ao trabalho para adquirir os produtos da cesta básica variou de 107 horas e 17 minutos em outubro para 107 horas e 29 minutos em novembro de 2023. Em novembro de 2022, a jornada média foi de 121 horas e 02 minutos.

Ao comparar o custo da cesta com o salário mínimo líquido, descontando 7,5% referentes à Previdência Social, observa-se que, em novembro de 2023, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, 52,82% do rendimento líquido para adquirir os produtos básicos, enquanto em outubro esse percentual foi de 52,72%. No mesmo período de novembro de 2022, o percentual alcançou 59,47%.

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