Artigo do professor Edison Andrades.
Desde sua existência, o homem já se comunicava e, consequentemente, relacionava-se. Isso foi se intensificando quando passou a viver em sociedade e a pertencer à comunidade e vice-versa.
No mercado de trabalho, o relacionamento toma várias dimensões, pois a vida de seu companheiro de trabalho pode ser uma referência para a sua. Quando alguém é promovido ou até demitido, podemos sofrer diretamente o impacto em nossa carreira, e isso é uma realidade! Mas isso não deveria despertar, nos profissionais, uma demasiada necessidade de se preocupar com a vida do outro a ponto dessa preocupação transformá-los em grandes e incansáveis “profissionais da fofoca”.
Percebo que um dos pontos motivadores dessa tendência é a liderança, pois, ora por omissão, ora por envolvimento exagerado, o líder permite a propagação dessa “epidemia”.
Algumas empresas possuem sistemas eficazes de comunicação interna, com isso tendem a ser menos afetadas por fofocas. Contudo outras permitem que a famosa “rádio corredor” faça parte de sua cultura organizacional.
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O mais interessante, embora triste, é que a origem das informações, ainda que falsas, fica protegida, ou seja, o “fofoqueiro-mor”, tal como uma abelha rainha, reina extremamente protegido pelos companheiros da mesma espécie. O problema se agrava quando as lideranças são protagonistas dessa nova “profissão”.
Precisamos nos envolver com o desenvolvimento organizacional interno e, para que isso ocorra, é necessário ficar por dentro das atividades e funções de nossos colegas. Mas a linha entre o que é importante para o desenvolvimento da empresa e das pessoas e o que pertence unicamente à vida dos outros deve ser clara.
A fofoca funciona como um laço, quanto mais você se envolve, mais fica difícil se libertar; a fofoca nos contamina como qualquer outra coisa nociva do mundo, envolver-se é fácil.
Como na vida pessoal, no trabalho também teremos grandes consequências negativas se participarmos desse tipo de prática, já que apenas colhemos o que plantamos. Portanto deixo algumas dicas.
Desejo me dirigir, primeiramente, ao empregador da empresa: observe com mais cuidado quem são os líderes que estão à frente de sua equipe. Líderes devem ser referência, mas de bons princípios! Agora, dirijo-me a você, líder: evite relacionamentos fora da organização. As festinhas e happy hours com seus pares e subordinados podem ser uma cilada. São nesses ambientes que surgem os “embriões” das fofocas. Esteja longe!
Também deixo algo aos profissionais de base: se você ainda está na base da hierarquia, significa que está em desenvolvimento profissional, por isso você, de todos, é o que possui menor imunidade, ou seja, será o primeiro a se prejudicar quando a “bomba estourar”. Zele por sua carreira! Ela é única e inteiramente sua, portanto fique do lado da verdade e da ética profissional. E, para você, meu caro(a) leitor(a), deixo uma pergunta: de que lado você está?
Prof. Edison Andrades é sócio da Reciclare Consultoria & Treinamento.
Site: www.reciclareconsultoria.com.br ; e-mail: [email protected]
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