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35% das mulheres tem medo de engravidar e perder o emprego, aponta pesquisa

Mulheres também relataram dificuldade em conseguir empregos por serem mães e citam diferença salarial e assédio

Mulher grávida sentada, com as mãos apoiadas na barriga
Mulher grávida sentada, com as mãos apoiadas na barriga - Freepik
Victoria Batalha

Victoria Batalha

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Publicado em 30/09/2022, às 12h10

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Ser mãe é o sonho de muitas mulheres, mas conciliar a maternidade e uma carreira pode trazer muitos desafios, além de possuir tempo para ser presente na vida dos filhos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Empregos.com.br, que ouviu 610 trabalhadoras, 35% das mulheres disseram ter medo de engravidar e perder o emprego. 34% relataram enfrentar dificuldade para conseguir um trabalho após se tornarem mães.

Outra dificuldade apontada é a diferença salarial no mercado de trabalho entre homens e mulheres. Segundo o levantamento realizado pela consultoria iDados, em base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio IBGE, 20% ganham menos do que os homens no Brasil. Mesmo que possuam os mesmos cargos e experiências profissionais.

Desemprego é maior entre as mulheres 

Mesmo com um aumento na geração de emprego no mês de agosto deste ano, mulheres ainda são as que mais sofrem com desemprego. A maioria das brasileiras que estão com idade para trabalhar se encontram desempregadas, de 12 milhões de desempregados, 6,5 milhões são mulheres, de acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE no início do ano.

Além do desemprego, outro desafio enfrentado por pessoas do gênero feminino é a dificuldade em participar em cargos de liderança, apenas 35,9% trabalham ou já trabalham em posições de liderança, enquanto 64,1% não tiveram a oportunidade, aponta o estudo realizado pelo Empregos.com.

Assédio no ambiente de trabalho

Outra dificuldade apontada pelas mulheres durante a pesquisa do Empregos.com é o assédio sofrido, seja com palavras, gestos ou situações humilhantes. Metade relataram já terem passado por esses momentos. Apenas 23,2% das entrevistadas relataram que trabalham em empresas que possuem políticas de proteção à mulheres, em comparação, 57% não possuem nenhum apoio dentro das empresas.

Uma pesquisa também realizada pelo mesmo portal, com 343 mulheres, listou também situações machistas em que as trabalhadoras sofrem dentro do mundo corporativo. 40% sofreram o manterrupting, que é quando uma mulher é interrompida por um homem enquanto está explicando alguma coisa; 29% sofreram mansplaining, quando um homem explica coisas óbvias para uma mulher; 18% passaram por gaslighting, em que homens colocaram mulheres em situação em que elas duvidem da própria sanidade. Há relatos de mulheres que sofreram mais de uma vez a mesma situação.

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