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1º de Maio em SP: Centrais sindicais pedem fim da escala 6x1 e jornada reduzida

Durante ato do Dia do Trabalhador em São Paulo, sindicatos e ministros defenderam o fim da escala 6x1, a redução da jornada de trabalho e a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

Ato 1º de maio
Ato 1º de maio - Paulo Pinto - Agência Brasil
Victor Meira

Victor Meira

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Publicado em 02/05/2025, às 09h30

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O tradicional ato do Dia do Trabalhador, realizado nesta quinta-feira (1º) na Praça Campo de Bagatelle, Zona Norte de São Paulo, reuniu milhares de pessoas em torno de pautas trabalhistas históricas e atuais. 

Entre os principais temas discutidos por centrais sindicais e ministros do governo federal, esteve o fim da escala 6x1 e a proposta de redução da jornada semanal de trabalho, sem prejuízo na remuneração dos trabalhadores.

Organizado por seis centrais — entre elas, Força Sindical, UGT e CTB — e com participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o evento contou com a presença de ministros como Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Aparecida Gonçalves (Mulheres). A principal reivindicação apresentada foi o direito a mais tempo livre e melhor qualidade de vida para os trabalhadores.

A jornada de trabalho tem que ser reduzida. Temos que ter mais tempo para descanso, para família, para estudar. Ainda mais diante dos problemas relacionados à saúde mental”, afirmou Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Torres ressaltou que a aprovação de propostas como o fim da escala 6x1 depende da mobilização popular e de articulação política diante de um Congresso com maioria conservadora.

Governo apoia, mas reforça necessidade de diálogo

O ministro Luiz Marinho afirmou que o governo federal está alinhado com as propostas dos sindicatos, mas destacou que o avanço das pautas exige negociação com o setor empresarial, principalmente nas áreas de comércio e serviços, e com o Legislativo.

É preciso construir coletivamente. O Congresso precisa entender o quanto isso pode beneficiar a economia e melhorar o ambiente de trabalho”, declarou Marinho.

Já o ministro Márcio Macêdo classificou a escala 6x1 como “cruel” e reforçou que a redução da jornada é uma pauta “civilizatória”. Segundo ele, a mudança tem chances reais de ser aprovada, desde que o Congresso compreenda sua importância social.

Outras pautas em destaque: IR, igualdade salarial e juros

Além da jornada de trabalho, os sindicatos também defenderam a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. O projeto de lei já foi entregue ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prevê também descontos parciais para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.

A isenção para quem ganha até R$ 5 mil caiu muito bem no imaginário coletivo. Acredito que será aprovada”, avaliou Macêdo.

Igualdade salarial entre homens e mulheres e a redução da taxa de juros também apareceram entre os pedidos mais enfatizados pelas lideranças sindicais durante o evento.

Ausência de Lula foi sentida, mas pauta foi entregue antes

Apesar de não comparecer ao ato em São Paulo, o presidente Lula esteve com representantes das centrais sindicais dois dias antes, em Brasília, quando recebeu uma pauta unificada da categoria. Macêdo comentou que a ausência do presidente foi simbólica, mas sua presença está refletida nas ações do governo.

Lula está aqui por tudo o que representa para a luta dos trabalhadores. Ele faz falta onde quer que esteja ausente, mas sua história está presente neste ato”, concluiu o ministro.

*com informações da Agência Brasil

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