Candidato à Presidência da República fala sobre suas propostas de governo e aborda os principais pontos de vista do Partido da Causa Operária.
Formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Profissionalmente, atua como professor de inglês, tradutor, jornalista principal na área de assessoria sindical na Central Única dos Trabalhadores e Sindicatos.
Jornal dos Concursos – Qual a sua principal plataforma de governo?
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Rui Costa Pimenta – O PCO não faz promessas eleitorais, comuns neste período para fazer demagogia frente ao eleitorado. Nosso programa não é um chamado à população a lutar e se organizar pelo atendimento de suas principais reivindicações, que procuramos sintetizar na palavra de ordem: “Salário, Trabalho e Terra”. Ou seja, a defesa dos salários, contra o rebaixamento salarial, por um salário mínimo vital que atenda às necessidades da população trabalhadora (alimentação, transporte, lazer, saúde, moradia etc.), e que neste momento não poderia ser inferior a R$ 2.500; “Trabalho” quer dizer a redução da jornada para 35h, de modo a criar, de uma só vez, milhões de novos empregos; e “Terra” significa a defesa dos Sem-Terra contra os latifundiários, punição aos assassinos dos Sem-Terra, confisco do latifúndio sem indenização e a distribuição das terras nacionalizadas para todos que nelas queiram e precisem trabalhar.
JC&E – A atual gestão foi marcada pela criação de inúmeros cargos públicos e abertura de concursos. Qual é a sua opinião sobre o assunto? Pretende continuar com essa linha?
RCP – É difícil analisar esta questão, pois não há dúvida de que o clientelismo e o nepotismo dominam a máquina pública.
JC&E – O atual governo também procurou trocar funcionários terceirizados por concursados. Qual é a sua posição sobre a terceirização de cargos públicos?
RCP – Somos contra a terceirização dos cargos públicos e favor da substituição dos terceirizados por trabalhadores concursados, mas não temos notícia de que este seja um processo generalizado. Veja-se, por exemplo, o que aconteceu na Petrobras, onde a terceirização progride a cada ano na mesma medida em que se dá a entrega do petróleo brasileiro às empresas estrangeiras. Outro exemplo marcante é o dos Correios, onde a terceirização aumentou substancialmente numa tentativa da direção da empresa e do governo de preparar a privatização da empresa.
JC&E – O Brasil irá sediar as próximas Copa e Olimpíadas. Quais são seus planos de investimento nesses dois grandes eventos? Quais serão os reflexos disso na geração de empregos?
RCP – Como já disse, nosso partido não apresenta um plano para administrar a máquina pública. Achamos que este investimento poderia ser feito, mas seria necessário que houvesse um controle popular sobre estas verbas e que este processo estivesse voltado a beneficiar a população trabalhadora, gerar empregos e etc., e não alguns grupos capitalistas como ocorre hoje.
JC&E – E quanto ao pré-sal? De que forma o senhor planeja investir no setor? E qual é a previsão de criação de postos de trabalho?
RCP – É necessário que toda a riqueza do pré-sal seja colocada a serviço da população brasileira e não entregue para meia-dúzia de exploradores do povo. A estrutura petrolífera brasileira deve ser também controlada pelos trabalhadores e organizações operárias. Somente desta forma será utilizada não apenas para melhorar as condições de vida da classe operária brasileira, mas será um instrumento para a luta de classes contra a burguesia e o imperialismo. É preciso ficar claro que entregar o petróleo para os tubarões internacionais é dar munição para o imperialismo atacar ainda mais as condições de vida dos trabalhadores e da população brasileira. Com esta riqueza nas mãos da classe operária, o país tem condições melhores de enfrentar a opressão imperialista em todas as áreas. Além disso, áreas como saúde, educação, moradia, saneamento básico, transportes etc., poderiam receber investimento necessário para atender amplamente a população e desenvolver o país, colocando o Brasil entre as principais nações do mundo.
JC&E – Quanto à saúde pública, o senhor tem planos específicos para aumentar o número de profissionais – e, consequentemente, melhorar o atendimento à população?
RCP – Nossa principal proposta a este respeito é a estatização total dos sistemas de saúde, o que acarretaria necessariamente em um aumento significativo do investimento em infraestrutura e, evidentemente, na contratação de profissionais para atender à demanda popular.
JC&E – Considerações finais.
RCP – Defendemos um maior nivelamento salarial, fim dos altos cargos públicos, eleições para todos os cargos que puderem ser eleitos. O PCO entende que o Estado não deve manter uma burocracia privilegiada. Todos os servidores públicos deveriam receber um salário que acompanhasse o da população em geral.
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