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Violência armada no Brasil: SUS tem gasto milionário por ano com internações de baleados

Estudo revela que o tratamento desses casos custou montante suficiente para realizar 1 milhão de mamografias. Gastos variam conforme gravidade do paciente

Gastos variam conforme gravidade, a complexidade de exames e tempo de internação
Gastos variam conforme gravidade, a complexidade de exames e tempo de internação - Agência Brasil
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 15/12/2023, às 15h45

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O Sistema Único de Saúde (SUS) atendeu uma média de quase 50 vítimas de tiros por dia no Brasil em 2022, totalizando 17,1 mil internações em hospitais públicos do país, de acordo com levantamento do Instituto Sou da Paz. O estudo revela que o tratamento desses casos custou R$ 41 milhões aos cofres públicos, montante suficiente para realizar 1 milhão de mamografias.

A análise ressalta que o custo médio de uma internação por arma de fogo é três vezes maior do que internações por outros problemas de saúde. Nos últimos 15 anos, as hospitalizações de baleados geraram um impacto financeiro de R$ 886 milhões.

O Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, especializado no atendimento a pacientes com múltiplos traumas, testemunha diariamente a gravidade dessa realidade.

O atendimento a baleados, um dos maiores após acidentes de trânsito, destaca a importância da 'hora de ouro' — o momento crítico em que uma vítima tem maiores chances de sobrevivência se atendida em até uma hora após ser baleada.

Gastos variam conforme gravidade, a complexidade de exames e tempo de internação

O custo médio diário de um paciente baleado em hospitais de alta complexidade no Rio de Janeiro é de R$ 2,3 mil. Os gastos variam conforme a gravidade do caso, a complexidade dos procedimentos e o tempo de internação. A Secretaria Estadual de Saúde já despendeu mais de R$ 19,7 milhões em 2022, valor equivalente a 4,6 milhões de hemogramas completos.

A sobrecarga dos hospitais públicos devido à violência armada é evidente, com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro gastando R$ 37,2 milhões até outubro deste ano, atendendo 1.084 baleados nesse período.

A coordenadora de projetos do Instituto Sou da Paz, Cristina Neme, destacou ao g1 que a taxa de internação no Rio de Janeiro é quase 80% menor do que a taxa de homicídios, indicando que muitas vítimas não chegam aos hospitais. Caso chegassem, a sobrecarga seria ainda maior, aumentando os custos associados.

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