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URGENTE! Presidente da Petrobras pede demissão após fortes pressões

Nos últimos três anos, os preços dos combustíveis, articulados pela Petrobras, já cresceram mais de 200%. Enquanto que salário mínimo subiu menos de 22%

Ex-presidente da Petrobras, José Mauro Coelho
Ex-presidente da Petrobras, José Mauro Coelho - Agência Brasil

Victor Meira | [email protected]
Publicado em 20/06/2022, às 12h35

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Após forte pressão da parte do governo federal diante dos aumentos nos preços dos combustíveis, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, pediu demissão na manhã desta segunda-feira (20). Ele ainda renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração da estatal.

O comunicado da empresa informa que será feita a “nomeação de um presidente interino que será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras a partir de agora”.

Conforme indica o estatuto da Petrobras, o presidente interino é escolhido entre os diretores da empresa no caso de renúncia.

Vale lembrar que no dia 23 de maio, o Ministério de Minas e Energia já tinha informado que a União, como sócio majoritário da Petrobras, decidiu trocar a presidência da estatal. 

Coelho ficou um pouco mais de dois meses na presidência da Petrobras. Ele ficou no lugar de Caio Mário Paes de Andrade, que também foi demitido por causa da política de preços da Petrobras. 

O novo nome indicado pelo governo precisa ser aprovado pelo Comitê de Pessoas da Petrobras que faz a avaliação de currículo,

Depois, tem que ser eleito na Assembleia Geral Ordinária da empresa.  Após essa etapa, ainda terá seu nome submetido ao Conselho de Administração da companhia, onde precisará ser aprovado.

Política de preços da Petrobras

A política de preços da estatal foi instituída em outubro de 2016 pelo então presidente da República Michel Temer. Ela é conhecida como PPI (preço de paridade de importação), em que os preços praticados no mercado internacional também devem ser aplicados no Brasil.

Com o aumento nos preços do barril de petróleo, devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia, e o avanço do dólar provocou uma disparada nos preços dos combustíveis. Segundo um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/seção FUP), durante o governo Bolsonaro, o diesel nas refinarias subiu 203%, a gasolina, 169,1% e o GLP 119,1%. Enquanto que o salário mínimo subiu apenas 21,4%.

O governo federal junto com o Congresso Nacional articularam medidas para reduzir os preços dos combustíveis com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Ainda que o tributo seja estadual, a União irá cobrir os eventuais prejuízos dos estados. Com a aprovação, a tributação será reduzida de 25% para 17% sobre os combustíveis, sobretudo o diesel.

*com informações da Agência Brasil

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