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Sem concurso, Governo de SP terceiriza 500 psicólogos para escolas públicas

O edital para contratação de psicólogos para escolas públicas foi publicado nesta terça-feira (20) e a seleção ocorrerá por meio de pregão eletrônico

Professora em sala de aula com alunos
Professora em sala de aula com alunos - Divulgação
Mylena Lira

Mylena Lira

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Publicado em 20/06/2023, às 21h31

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A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo confirmou hoje (20) que não será realizado concurso público para contratar psicólogos para as escolas públicas estaduais. O Governo de SP optou pela seleção terceirizada de empresa que ficará responsável pelos serviços de psicologia do programa "Psicólogos na Educação".

O edital para essa contratação foi publicado nesta terça-feira (20) e a seleção ocorrerá por meio de pregão eletrônico da Bolsa Eletrônica de Compras do Governo do Estado, com abertura de sessão pública marcada para o dia 3 de julho.

O secretário da Educação, Renato Feder, explicou que o edital foi reformulado e a contratação será já para o segundo semestre deste ano. "O formato anterior dos atendimentos psicológicos fez sentido no contexto da pandemia, mas neste momento nós entendemos que o presencial é indispensável", ressaltou.

Mais de 500 serão contratados

De acordo com o edital, serão contratados 550 profissionais, responsáveis por pelo menos 600 mil horas de atendimento presencial. A medida abrangerá todas as 5,3 mil unidades da rede estadual de São Paulo. A distribuição dos psicólogos nas escolas públicas será coordenada pelas 91 Diretorias de Ensino.

As horas dedicadas pelos psicólogos contratados terão como objetivo promover:

  • ações preventivas;
  • apoio institucional;
  • habilidades socioemocionais;
  • psicologia escolar;
  • saúde mental na escola; e
  • aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem.

Serão abordados temas como acolhimento emocional, habilidades de comunicação afetiva, intervenção socioeducativa, ações de comunicação afetiva, orientação profissional, proposição positiva, protagonismo juvenil e cuidado com as pessoas.

Violência nas escolas

Essa decisão do governo paulista ocorre em meio a um cenário de violência nas escolas, como o trágico ataque ocorrido em março deste ano na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona sul da capital paulista. No episódio, a professora Elizabeth Tenreiro, de 71 anos, foi fatalmente esfaqueada por um aluno de 13 anos, que também feriu outros três professores e dois estudantes.

Após o incidente, o governo de São Paulo anunciou a retomada do acompanhamento psicológico para os estudantes. Antes da tragédia, estava previsto contratar 150 mil horas de atendimento psicológico e psicopedagógico para as escolas estaduais, número ampliado em quatro vezes.

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Novos ataques

Nesta segunda-feira (19), uma estudante de 16 anos do Colégio Estadual Professora Helena Kolody foi morta a tiros e outro aluno foi baleado e está gravemente ferido. O atirador era ex-aluno da instituição. Ele entrou na escola alegando que iria solicitar o histórico escolar e disparou contra os estudantes.

Segundo a Polícia Civil, o atirador afirmou que o objetivo era atacar jovens, pois, para ele, “estaria retaliando aquele sofrimento” e mágoa que guardava do tempo em que estudou no Helena Kolody. Esse tiroteio é o mais recente de um total de três ataques com mortes contabilizados em escolas brasileiras este ano. Desde janeiro, pelo menos seis pessoas morreram em razão de atos violentos praticados em colégios no país.

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Denúncias

O Disque 100 recebe denúncias de ameaças de ataques a escolas. As informações podem ser feitas por WhatsApp, pelo número (61) 99611-0100. O Ministério da Justiça e Segurança Pública também dispõe de um canal para receber denúncias de violência escolar.

Informações sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

*com informações da Agência Brasil

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