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RECORDE: Agronegócio tem nova alta em junho e bate R$ 74 Bilhões

No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio atingiram um marco histórico

Maquinário com grãos
Maquinário com grãos - Divulgação/Agência Brasil
Mylena Lira

Mylena Lira

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Publicado em 16/07/2023, às 18h47

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No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio atingiram um marco histórico, alcançando o valor recorde de US$ 82,80 bilhões. Esse número representa um crescimento de 4,5% em comparação ao primeiro semestre de 2022, que registrou US$ 79,24 bilhões em exportações.

O destaque para esse resultado é o aumento significativo no índice de quantum, que representa a quantidade de produtos exportados, com um crescimento de 8%. Por outro lado, o índice de preços registrou uma queda de 3,2% durante o mesmo período.

No mês de junho deste ano, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 15,54 bilhões, apresentando uma leve queda de 0,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, que registrou US$ 15,62 bilhões em exportações. No entanto, apesar dessa diminuição, diversos recordes foram observados em alguns setores do agronegócio, como soja em grãos, açúcar de cana em bruto, carnes bovina e de frango in natura, e celulose.

Uma análise realizada pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) revelou que essa redução nas exportações do agronegócio em junho pode ser explicada pela forte queda no índice de preços das exportações, que apresentou uma diminuição de 12,9% nesse período.

Essa queda nos preços reduziu levemente o valor mensal em relação a junho de 2022, mesmo com o expressivo aumento no índice de quantum, que registrou uma alta de 14,2%. Em junho, as exportações do agronegócio representaram quase 52% do total da balança comercial, já que as exportações de outros produtos apresentaram uma redução superior, alcançando uma queda de 15,7%.

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Destaques Setoriais

Soja em Grãos

O setor de soja em grãos apresentou um volume exportado recorde para o mês de junho, com 13,77 milhões de toneladas, um aumento de 37,9% em relação a junho de 2022. O valor exportado também atingiu um recorde para o mês, chegando a US$ 6,89 milhões, o que representa um aumento de 9,3%.

No entanto, esse valor não foi mais expressivo devido à queda do preço médio de exportação, que registrou uma diminuição de 20,7%. Essa redução refletiu as condições de produção global da oleaginosa, com uma safra recorde no Brasil e boa produção nos Estados Unidos.

Açúcar

As exportações de açúcar em junho alcançaram um valor recorde de US$ 1,40 bilhão, o que representa um aumento de 51,3%. Houve um crescimento de 23,1% nos volumes exportados e de 22,9% nos preços médios de exportação.

Os preços internacionais do açúcar têm sido influenciados por uma disponibilidade mais restrita no mercado global e registraram crescimento desde novembro de 2022, atingindo o nível mais alto desde outubro de 2011, de acordo com o índice de preços da FAO.

Carne Bovina
A carne bovina in natura foi a principal carne exportada em junho, com um total de US$ 974,13 milhões, registrando uma queda de 6,4%. Houve um aumento de 26,4% nos volumes exportados, porém uma redução de 26,0% nos preços médios. A China foi o principal destino, sendo responsável por 70,2% das exportações em volumes, totalizando US$ 698,52 milhões e 135,37 mil toneladas, um aumento de 32,0%.

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Carne de Frango
As exportações de carne de frango in natura em junho totalizaram US$ 835,88 milhões, uma queda de 6,2%. Houve um aumento de 4,0% nos volumes exportados, mas uma queda de 9,8% nos preços médios. Os principais destinos foram a China, com US$ 155,88 milhões (aumento de 28,7% em relação ao ano anterior) e o Japão, com US$ 97,67 milhões (crescimento de 9,7%).

Celulose
As exportações de celulose em junho atingiram um volume recorde de 1,55 milhão de toneladas, o que representa um aumento de 6,3%. Em termos de valor, foram exportados US$ 652,31 milhões, um crescimento de 2,4%. Os principais destinos para a celulose são a China, Estados Unidos e União Europeia, que concentram 78,4% das exportações do produto.

Recorde no acumulado do ano no 1º semestre

De acordo com análises da SCRI, o crescimento nas exportações de soja em grãos foi o que mais contribuiu para a expansão nas vendas do agronegócio de janeiro a junho de 2023, com um aumento de US$ 2,88 bilhões em comparação ao ano anterior.

Outros dois produtos que apresentaram crescimento acima de US$ 1 bilhão foram o milho, com um aumento de US$ 1,58 bilhão, e o açúcar de cana em bruto, com um crescimento de US$ 1,20 bilhão. No entanto, é importante destacar a queda nas exportações de carne bovina in natura, com uma diminuição de US$ 1,26 bilhão, e café verde, com uma queda de US$ 1,04 bilhão.

A queda expressiva nas exportações de carne bovina in natura reflete, em parte, a suspensão ocorrida no início de 2023, além da redução nos preços médios de venda, que registraram uma diminuição de 25,3%. Quanto ao café, o menor volume embarcado está relacionado à baixa disponibilidade interna devido à colheita que ainda se encontra em fase inicial.

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