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Procurador que agrediu a chefe é preso em clínica psiquiátrica; Saiba motivo do ataque

Demétrius Oliveira de Macedo, procurador que agrediu a sua chefe e também procuradora, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, foi preso na manhã desta quinta-feira (23). Veja o que ele disse à polícia

Procurador que agrediu chefe: Demétrius à esquerda e Gabriela à direita
Procurador que agrediu chefe: Demétrius à esquerda e Gabriela à direita - Reprodução/Redes Sociais

MYLENA LIRA | [email protected]
Publicado em 23/06/2022, às 15h13 - Atualizado às 15h33

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Demétrius Oliveira de Macedo, procurador que agrediu a sua chefe e também procuradora, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, foi preso na manhã desta quinta-feira (23) em um clínica psiquiátrica em Itapecerica da Serra. O mandado de prisão preventiva foi expedido ontem pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Registro, Raphael Ernane Neves, que justificou que “nenhuma das medidas alternativas se revela pertinente”.

A polícia procurou pelo agressor em sua casa, mas ele não foi localizado lá. Macedo teria se internado na clínica por vontade própria. “Que a Justiça faça a sua parte agora e use contra ele todo o peso da lei. Agressor de mulher vai pra cadeia aqui em São Paulo. Denuncie sempre”, disse o governador Rodrigo Garcia. Veja abaixo imagem do momento da prisão:

procurador preso
Crédito: divulgação da Polícia Civil de São Paulo

O delegado Daniel Vaz Rocha, do 1º Distrito Policial de Registro, foi quem representou pela prisão do servidor pelo crime de lesão corporal porque ele “vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública.”

Procuradora agredida: entenda o caso

Macedo espancou procuradora-geral Gabriela Samadello Monteiro de Barros na terça-feira (21) desta semana. A agressão ocorreu durante o expediente de trabalho, pouco antes das 17h, dentro da Prefeitura de Registro e a ação brutal foi filmada por outro servidor.

No vídeo, que circulou rapidamente pelas redes sociais, o procurador aparece desferindo inúmeros golpes contra a sua chefe. Mesmo caída no chão, ele continua a dar socos, chutes e a xingar a servidora. As imagens mostram, ainda, que Macedo empurra com força contra a porta uma outra colega de trabalho que tenta interromper o espancamento.

Um segunda funcionária da repartição pública consegue puxar a procuradora, que é mais uma vez atacada após conseguir levantar do chão. Gabriela ficou com o rosto ensanguentado ao final e hematomas foram formados abaixo do olho. O Jornal A Tribuna, que atua na região, publicou o vídeo. Confira:

Motivação para o crime

O procurador que agrediu a chefe disse à Polícia Civil que sofria assédio moral no trabalho por parte da procuradora-geral e confessou o ataque. Não é a primeira vez que Macedo tem atitudes reprováveis no ambiente de trabalho. Outra servidora tinha relatado que estava com medo de trabalhar no mesmo ambiente que ele. Gabriela já havia solicitado a abertura de um processo administrativo contra o procurador de Registro para apurar as denúncias de hostilidade com esse funcionária da repartição.

A procuradora foi espancada justamente no mesmo dia em que foi publicado no Diário oficial do município a criação de uma comissão para apurar os fatos, após ela cobrar providências sobre o episódio de grosseira contra essa outra funcionária. De acordo com Gabriela, esse seria o motivo que desencadeou as agressões físicas contra ela.

"Tinha medo de que fosse acontecer isso, mas não imaginava que fosse ser uma violência física, achava que fosse um ‘bate boca’, uma discussão", afirmou a procuradora em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo. “Foi exposta a minha dignidade. Como mulher, fui desrespeitada, assim como servidora pública", ressaltou.

Consequências administrativas

Além da ação criminal, o procurador que agrediu a colega de trabalho responderá a um processo administrativo que pode culminar na sua exoneração. Ele já foi suspenso do cargo por 30 dias e teve o salário cortado, conforme decisão publicada no Diário Oficial de Registro de ontem (22). O Ministério Público de São Paulo também informou que designou dois promotores de Justiça, ambos com atuação em Registro, para investigar o episódio de agressão.

O presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil/Secional de São Paulo (OAB-SP) determinou a instauração de ofício de representação contra Macedo, que deve comparecer para se manifestar sobre os fatos para deliberação do tribunal competente, que deve concluir o processo no prazo máximo de 90 dias, segundo nota divulgada.

Por meio de nota, a Prefeitura de Registro disse que repudia os “brutais atos de violência realizados pelo procurador contra a servidora municipal mulher que exerce o cargo de procuradora-geral do município”. Diz também que os servidores vão receber acompanhamento psicológico por conta do episódio e que punirá severamente toda prática de violência.

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