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Primeiras estimativas apontam R$ 300 bilhões de rombo fiscal em ano eleitoral, segundo Ministério da Fazenda

Segundo Fernando Haddad, ministro da Fazenda, o rombo provocado pela gestão do ex-presidente trouxe o maior juro real do mundo mesmo com a inflação mais baixa do que a observada em países de primeiro mundo

Primeiras estimativas apontam R$ 300 bilhões de rombo fiscal em ano eleitoral, segundo Ministério da Fazenda
Agência Brasil
Victor Meira

Victor Meira

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Publicado em 06/01/2023, às 14h43

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Integrantes do governo Lula, principalmente o Ministério da Fazenda, destacam a herança maldita deixada pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista ao site Brasil 247, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relatou que as ações de Bolsonaro durante o período eleitoral deixaram um rombo de R$ 300 bilhões nas contas públicas.

Por conta disso, na avaliação de Haddad, o Brasil tem hoje "o maior juro real do mundo hoje". Ela ainda complementa que este foi o grande legado de Bolsonaro para os brasileiros. 

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Haddad afirmou que o Brasil está com uma taxa de inflação menor do que a dos Estados Unidos e da Europa, embora tenha a maior taxa de juro real do mundo. "Olha o paradoxo que estamos vivendo, uma situação completamente anômala. Uma inflação comparativamente baixa e uma taxa de juros real fora de propósito para uma economia que já vem se desacelerando", disse ele.

Diante disso, Haddad defende a necessidade do país ter regras fiscais mais plausíveis. Para resolver essa questão, ele anunciou que deve apresentar um conjunto de medidas econômicas na próxima semana com o objetivo de restabelecer a confiança dos investidores e dos cidadãos. 

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Recado de Haddad é encarado como indireta para o Banco Central

No Brasil, o Banco Central (BC ou Bacen) é independente, ou seja, ele não tem interferência direta do governo federal e ainda tem a premissa de regular a taxa básica de juros, a Selic. 

Na avaliação do jornal Folha de São Paulo, a crítica de Haddad sobre as altas taxas de juros teria sido uma provocação e indireta para o BC. A instituição liderada por Roberto Campos Neto mantém os juros elevados para ter um maior controle inflacionário. Vale lembrar que durante os meses de abril e maio de 2022, o Brasil bateu a maior inflação desde 2016.

Além disso, as preocupações fiscais em relação ao governo Lula e a inflação alta nos principais países do mundo são motivos para manter os juros em patamares elevados. 

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O atual presidente do Bacen tem mandato até o final de 2024. Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicará dois novos membros para a diretoria da instituição em março e outros dois em janeiro de 2024. 

Com isso, o governo atual poderá ter maioria na diretoria do Banco Central a partir de 2025, sendo que o colegiado é formado pelo presidente e oito diretores. Logo, as decisões entre o Banco Central e o governo federal ainda precisam de uma articulação política. 

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