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MPF abre inquérito contra Jovem Pan sobre divulgação de fake news e incentivo de atos golpistas

As ações da Jovem Pan coincidem com a expansão de movimentos golpistas e violentos em todo o país. A emissora pode ter suspensão de concessão por até 30 dias ou mesmo revogação integral

O MPF emitiu ofício solicitando à Jovem Pan que forneça alguns detalhes em até 15 dias
O MPF emitiu ofício solicitando à Jovem Pan que forneça alguns detalhes em até 15 dias - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 09/01/2023, às 18h59

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A Jovem Pan será investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por disseminar fake news e incentivar atos golpistas contra os Poderes constituídos e a organização dos processos democráticos do país. O MPF conduziu investigações nos últimos meses e descobriu que a Jovem Pan disseminou sistematicamente notícias falsas e ataques contra a ordem institucional.

As ações da Jovem Pan coincidem com a expansão de movimentos golpistas e violentos em todo o país. Ao relatar os atos de vandalismo no domingo (8) em Brasília, os comentaristas da Jovem Pan minimizaram as ações criminosas e tentaram justificar os motivos dos criminosos que invadiram e destruíram os Três Poderes.

Alexandre Garcia, comentarista contratado pela Jovem Pan, chegou a distorcer a constituição para legalizar o vandalismo no que acredita ser uma omissão institucional. “É o poder do povo”, disse Garcia, referindo-se ao artigo 1º da Lei Maior. “Nos últimos dois meses as pessoas ficaram paradas esperando por uma tutela das Forças Armadas. A tutela não veio. Então resolveram tomar a iniciativa.”

Paulo Figueiredo foi outra pessoa que atacou os Poderes da República e validou os atos de vandalismo dos golpistas. Ele disse que “as pessoas estão revoltadas com a forma como o processo eleitoral foi conduzido, elas estão revoltadas com a truculência com que certas instituições têm violado a nossa Constituição”.

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Difamações contra as instituições democráticos aumentaram na programação da Jovem Pan

Desde meados de 2022, antes mesmo do início do período eleitoral, ofensas, difamação de instituições e processos democráticos já eram vistas na programação da Jovem Pan. Os ataques infundados ao funcionamento das urnas eletrônicas e aos ministros dos funcionários do Judiciário tornaram-se mais frequentes, sendo posteriormente acompanhados de dúvidas sobre os próprios resultados das eleições.

No dia 1º de novembro, o comentarista Rodrigo Constantino atribuiu o resultado do processo democrático no país a “um malabarismo do Supremo”. No dia 21 de dezembro, a colega dele, Zoe Martínez, defendeu que as Forças Armadas destituíssem os ministros do STF.

O MPF emitiu ofício solicitando à Jovem Pan que forneça detalhes, em até 15 dias, sobre a programação e dados pessoais aos apresentadores e comentaristas dos programas Jovem Pan News, Morning Show, Os Pingos nos Is, Alexandre Garcia e 3 em 1.

A investigação deve apurar se a Jovem Pan violou os direitos fundamentais da população e abusou da liberdade de radiodifusão. A emissora pode ter suspensão de concessão por até 30 dias, ou mesmo revogação, que pode ser amparada por dispositivos relativos a multas, danos punitivos e ações judiciais.

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