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Mercado financeiro se mantém otimista e eleva projeção da economia brasileira

A economia brasileira superou as expectativas em 2023, com um crescimento de 2,92%, conforme indicam as projeções do Boletim Focus do Banco Central

Mercado financeiro se mantém otimista e eleva projeção da economia brasileira
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Victor Meira

Victor Meira

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Publicado em 11/12/2023, às 10h58

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A economia brasileira deve crescer 2,92% em 2023, de acordo com a projeção do mercado financeiro divulgada pelo boletim Focus nesta segunda-feira (11). A pesquisa é realizada semanalmente pelo Banco Central (BC) e traz as expectativas para os principais indicadores econômicos.

A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) subiu em relação à semana anterior, quando era de 2,84%. Para 2024, a previsão é de um crescimento de 1,51%. Para 2025 e 2026, a expansão do PIB deve ser de 2% para cada ano.

O resultado do terceiro trimestre de 2023 surpreendeu positivamente, com um crescimento de 0,1% na comparação com o trimestre anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, a alta foi de 3,2%.

Com isso, o PIB brasileiro atingiu o maior nível da série histórica, ficando 7,2% acima do patamar pré-pandemia, registrado no final de 2019.

Inflação em queda

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve uma leve redução na projeção para 2023, passando de 4,54% para 4,51%. Para 2024, a estimativa ficou em 3,93%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para ambos os anos.

A meta de inflação para 2023, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, o IPCA pode variar entre 1,75% e 4,75% sem que o BC descumpra a meta.

De acordo com o último Relatório de Inflação do BC, a probabilidade de o IPCA ultrapassar o limite superior da meta em 2023 é de 67%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta, que é de 3%, mas dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em outubro, a inflação foi influenciada pelo aumento dos preços das passagens aéreas. O IPCA ficou em 0,24%, segundo o IBGE. O índice foi menor do que o registrado em setembro, que teve uma alta de 0,26%.

A inflação acumulada em 2023 chegou a 3,75%. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,82%.

Juros em baixa

A taxa básica de juros, a Selic, deve encerrar 2023 em 9,25% ao ano, segundo a projeção do mercado financeiro. Para 2024, a previsão é de uma Selic de 8,5% ao ano. A mesma taxa é esperada para 2025 e 2026.

Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Depois de subir no primeiro semestre de 2023, a inflação voltou a cair no segundo semestre, conforme esperado pelos economistas.

Essa tendência fez o BC reduzir os juros pela terceira vez no semestre. O ciclo de cortes deve continuar na reunião desta semana do Copom, que ocorre nesta terça (12) e quarta-feira (13). A expectativa do mercado é de uma redução de 0,5 ponto percentual, levando a Selic para 11,75% ao ano.

Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom aumentou a Selic por 12 vezes seguidas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto de 2021 a agosto de 2022, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes consecutivas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, o menor nível da série histórica iniciada em 1986. Por causa da crise econômica provocada pela pandemia de covid-19, o BC tinha baixado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Câmbio estável

Por fim, a projeção do mercado financeiro para a cotação do dólar está em R$ 4,95 para o fim de 2023. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5.

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