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Lula volta a criticar o Banco Central por juros altos e diz que entidade não é intocável

Lula destaca que a manutenção da taxa Selic em 13,75% deve provocar um retardamento do crescimento da economia e da geração de empregos

Lula volta a criticar o Banco Central por juros altos e diz que entidade não é intocável
Ricardo Stuckert/PR
Victor Meira

Victor Meira

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Publicado em 06/05/2023, às 19h15

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Neste sábado (6), em Londres, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a taxa Selic, que se mantém em 13,75% ao ano no Brasil mesmo após seis reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). 

Lula não questionou a autonomia do BC, mas sim o compromisso do seu presidente, Roberto Campos Neto, com a lei que concedeu autonomia à autarquia. Ele afirmou que Campos Neto tem compromisso com o governo anterior e com aqueles que apoiam taxas de juros elevadas, e não com o Brasil.

A autonomia do BC é garantida por lei, que prevê mandatos de quatro anos para seus diretores. O objetivo fundamental da entidade é assegurar a estabilidade de preços, zelar pela estabilidade e eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego.

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Lula ressaltou que o presidente do BC não é intocável e que ele, como presidente, tem o direito de reclamar de equívocos cometidos pelo presidente da autarquia. Ele avaliou que, com os juros a 13,75%, não será possível cumprir os objetivos de crescimento econômico e geração de emprego.

Os juros estão no patamar mais alto desde o início de 2017 e, embora não tenham subido desde agosto do ano passado, ainda têm reflexos negativos na economia, encarecendo o crédito e desacelerando o crescimento. 

A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. Quando a taxa básica de juros sobe, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso afeta os preços, uma vez que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, o que pode dificultar a expansão da economia.

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Lula afirmou que a sociedade brasileira não suporta mais a taxa de juros e que o desemprego já começa a se manifestar no setor de comércio, com muitas lojas fechando. Ele ressaltou que é preciso ter crédito disponível para o trabalhador e para pequenas, médias e grandes empresas, caso contrário, o país não crescerá.

O presidente destacou que a economia só crescerá se houver dinheiro circulando no bolso do trabalhador e se forem retomadas as políticas públicas que já deram resultado. Recentemente, Campos Neto afirmou que as decisões da autarquia são técnicas e que vê com otimismo os projetos do governo para equilibrar as contas públicas e controlar a inflação.

*com informações da Agência Brasil

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