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Inspeção no arsenal de guerra em São Paulo aponta desaparecimento de 21 metralhadoras

Este é considerado o maior roubo de armas do exército desde 2009. Insituto aponta que as armas não seriam de interesse da criminalidade comum

As armas não seriam de interesse da criminalidade comum, mas sim de grupos com objetivos táticos
As armas não seriam de interesse da criminalidade comum, mas sim de grupos com objetivos táticos - Canva/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 16/10/2023, às 19h22 - Atualizado em 17/10/2023, às 11h35

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Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Sou da Paz revelou uma séria preocupação sobre o desaparecimento de 21 metralhadoras no Comando Militar do Sudeste, localizado em Barueri, na Grande São Paulo. O furto, revelado durante uma inspeção no arsenal de guerra em São Paulo no dia 10 de outubro, é considerado o maior roubo de armas do exército desde 2009. Treze dessas metralhadoras seriam do calibre ponto 50, com capacidade de perfurar aeronaves.

O Exército alegou que as armas desaparecidas estavam "inservíveis" e haviam sido retiradas para manutenção. No entanto, para Bruno Langenini, gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, a condição inoperável das armas não diminui o perigo que elas representam.

"O fato de elas não estarem aptas para pronto disparo não significa que esse desvio seja menos perigoso, até porque essas armas nas mãos das pessoas erradas podem fazer um grande estrago para a segurança pública, não só de São Paulo, mas do Brasil", alertou.

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As armas não são de interesse da criminalidade comum, mas sim de grupos com objetivos táticos

O instituto levanta a possibilidade de que as metralhadoras, devido à sua potência e alto valor, tenham caído nas mãos do crime organizado de maneira premeditada. Eles ressaltam que essas armas não são de interesse da criminalidade comum, mas sim de grupos com objetivos táticos. Tais armas poderiam ser utilizadas em roubos a bancos, ataques a veículos blindados e até mesmo em operações envolvendo helicópteros, dada sua capacidade de atingir aeronaves.

Além dos riscos para a segurança pública, o instituto também destaca a questão do desvio de recursos públicos, considerando o alto valor dessas armas. Como medida preventiva, o Instituto Sou da Paz propõe uma revisão do controle desses arsenais, tanto por parte do Exército quanto de outras instituições de segurança, como as polícias Civil, Militar e Federal.

Algumas das medidas sugeridas incluem implementar câmeras de videomonitoramento, controle rigoroso de entrada e saída das pessoas com acesso ao arsenal e sistemas de controle de acesso digital. O Exército já tomou medidas administrativas, mantendo 480 militares aquartelados para auxiliar nas investigações.

A Secretaria de Segurança Pública do estado se mostrou preocupada com o desaparecimento das armas e prometeu empreender esforços maciços para localizar o material roubado e evitar quaisquer consequências catastróficas para a população.

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