Para conter disparada da inflação em abril de 2022, o governo zera imposto de importação de 11 produtos; saiba o que pode ficar mais barato
Jean Albuquerque | [email protected]
Publicado em 11/05/2022, às 18h14 - Atualizado às 18h21
A alta de preços no país, que registrou 1,06% no mês de abril, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para tentar frear a disparada de preços, o governo zera imposto de importação para conter inflação. Saiba o que pode ficar mais barato.
O IPCA registrou o maior índice em 26 anos, desde 1996, o que representa um indicador acima do que era esperado pelo mercado financeiro, quando estimou um aumento de 1%. Ao comparar os dados da inflação acumulada nos últimos 12 meses, o IPCA chega a atingir 12,13%, a maior marca desde outubro de 2003.
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O Ministério da Economia reduziu a zero os produtos alimentícios da cesta básica e da construção civil. A medida foi aprovada nesta quarta-feira (11) pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), uma renúncia fiscal que chega a ser estimada em R$ 700 milhões.
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Segundo o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, a medida de zerar o imposto sobre a importação trata-se de uma tentativa para conter a disparada da inflação, que diminui cada vez mais o poder de compra dos trabalhadores.
Segundo a medida, 11 produtos tiveram o imposto zerado, são eles: carne de boi, carne de frango, farinha de trigo, bolachas e biscoitos, itens de padaria, milho e aço.
Guaranys chegou a afirmar que as medidas “não revertem inflação, mas empresários pensam duas vezes antes de aumentar os preços dos produtos”.
De acordo com o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior da Secretaria de Comércio Exterior, Herlon Alves Brandão, em entrevista ao portal Metrópoles, o prazo final para reduções vai até 31 de dezembro de 2022, gerando uma renúncia fiscal de R$ 700 milhões.
O Ministério acredita que o aumento de preços está relacionado aos problemas enfrentados pela cadeia produtiva global. Os motivos incluem restrições impostas pela pandemia, a guerra na Ucrânia e a valorização do petróleo nos mercados internacionais.
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