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Governo prepara proposta para encerrar greve dos servidores da Educação

Ministro da Educação Camilo Santana afirmou nesta terça-feira (16) durante diálogo com senadores que o MEC deve enviar nova proposta aos servidores

Ministro da Educação, Camilo Santana fala em Comissão do Senado
Ministro da Educação, Camilo Santana fala em Comissão do Senado - Agência Brasil
Jean Albuquerque

Jean Albuquerque

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Publicado em 16/04/2024, às 17h40

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Em meio à greve nacional de servidores técnico-administrativos e professores das universidades e institutos federais, o Ministério da Educação (MEC) sinalizou a destinação de novos recursos para atender às demandas das categorias. A informação foi confirmada pelo ministro Camilo Santana nesta terça-feira (16), durante reunião na Comissão de Educação do Senado.

Santana destacou que o governo federal já havia sinalizado a possibilidade de recursos adicionais para negociação, abrangendo tanto a questão do Plano de Cargos e Carreiras quanto o reajuste salarial. Uma nova proposta oficial, com valores detalhados, deve ser apresentada na próxima sexta-feira (19).

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O ministro enfatizou que o MEC, por conta própria, não dispunha de margem orçamentária para atender às reivindicações dos servidores. A solução encontrada, segundo ele, foi buscar uma complementação orçamentária dentro das possibilidades fiscais do governo.

"O orçamento do MEC não comporta nenhuma mudança mais de qualquer incremento, seja em pessoal ou para servidor. Então, será uma complementação orçamentária pelo espaço que o arcabouço fiscal já tem", explicou Santana para a Agência Brasil, sem antecipar o valor específico destinado aos servidores das instituições federais de ensino.

A quantia final será definida pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, responsável por liderar as negociações com as categorias em greve.

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Críticas à greve e defesa do diálogo

Apesar de sinalizar a destinação de recursos adicionais, o ministro da Educação não deixou de criticar a greve das universidades federais. Para ele, a paralisação das atividades só gera prejuízos para o país e para os estudantes.

"Greve, para mim, é quando não há mais diálogo, quando se encerraram as negociações ou toda e qualquer possibilidade de melhorias”, afirmou Santana. “O grande problema desta greve é o prejuízo para o Brasil e para os alunos”, completou.

O ministro defendeu a manutenção do diálogo como ferramenta principal para a resolução do conflito e reiterou o compromisso do governo em buscar soluções que atendam às necessidades dos servidores e garantam a qualidade do ensino nas universidades federais.

Entenda o caso 

Cerca de 360 unidades de ensino aderiram à greve desde o dia 3 de abril, segundo o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). As categorias em greve reivindicam recomposição salarial entre 22,71% e 34,32%, além de reestruturação das carreiras para a área técnico-administrativa e docentes.

Os professores entraram em greve nacional nesta segunda-feira (15), recusando a proposta do Ministério da Gestão. A categoria pede reajuste salarial de 22,71% a ser dividido em três parcelas de 7,06% ao ano.

O governo federal havia oferecido reajuste salarial zero para os professores universitários, com aumento apenas em benefícios como auxílio-alimentação (de R$ 658 para R$ 1 mil), assistência pré-escolar (de R$ 321 para R$ 484,90) e plano de saúde (51% a mais no valor atual).

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