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Governo federal envia 28 blindados do exército para reforçar fronteira com a Venezuela

Governo brasileiro visa impedir que seu território seja usado indevidamente. Viaturas seguirão um trajeto que dura até 21 dias, partindo do Paraná e Mato Grosso do Sul

Saiba o que está acontecendo entre Venezuela e a Guiana
Saiba o que está acontecendo entre Venezuela e a Guiana - Divulgação/Exército Brasileiro
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 05/12/2023, às 21h20 - Atualizado às 23h15

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O Exército brasileiro anunciou o envio de 28 veículos blindados para a região da fronteira com a Venezuela, em resposta à escalada de tensão decorrente da disputa entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo. Essa área, hoje sob administração guianense, é rica em reservas de petróleo, intensificando a rivalidade entre os países.

A operação inclui o deslocamento de 6 viaturas Guarani, 6 Cascavel e 16 Guaicurus. Os Guarani, veículos blindados de transporte de pessoal, anfíbios e com capacidade para transportar até 11 militares, têm a função de proteger as tropas e deslocar efetivos rapidamente.

As Cascavel, fabricadas na década de 1970, possuem canhão de 90 mm e atuam como apoio de fogo. Já os Guaicurus, viaturas blindadas multitarefas leve sobre rodas, serão fundamentais para a mobilidade rápida em terrenos variados.

Além do reforço de equipamentos, entre 130 e 150 homens serão incorporados à 1ª Brigada de Infantaria de Selva, totalizando cerca de 5 mil homens na região e transformando um esquadrão em regimento. O objetivo é fortalecer a infraestrutura e proteger as fronteiras, evitando qualquer ação em território nacional.

Viaturas seguirão um trajeto que dura até 21 dias, partindo do Paraná e Mato Grosso do Sul

O Exército brasileiro, que já planejava reforçar a região, aproveitou a conjuntura para intensificar as medidas de segurança. A estratégia visa enviar uma mensagem clara de que o território brasileiro não será utilizado indevidamente.

As viaturas seguirão um trajeto que dura até 21 dias, partindo do Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul em direção a Belém. De lá, embarcarão em uma balsa do Exército pelo Rio Amazonas até Manaus e, posteriormente, seguirão para o norte até Boa Vista, onde ficarão posicionadas.

A tensão na região aumentou após a Venezuela organizar um referendo no domingo (4), no qual 95% dos eleitores presentes votaram pela incorporação do território de Essequibo ao mapa venezuelano. O governo brasileiro visa impedir que seu território seja usado indevidamente, mantendo-se alerta diante da situação geopolítica complexa na América do Sul.

O que está acontecendo entre Venezuela e a Guiana? 

A Venezuela e a Guiana disputam a soberania de uma região de 160 mil quilômetros quadrados, conhecida como Essequibo. A área corresponde a cerca de 74% do território da Guiana e é rica em recursos naturais, incluindo petróleo e gás natural.

A disputa entre os dois países tem mais de um século e meio. Em 1899, um tribunal arbitral decidiu que a região pertencia à Guiana. No entanto, a Venezuela nunca reconheceu a decisão e continuou a reivindicar a área.

Em 2018, a Guiana processou a Venezuela perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ). O tribunal ainda não se pronunciou sobre o caso, mas é esperado que sua decisão seja favorável à Guiana.

No entanto, a Venezuela não está disposta a desistir de suas reivindicações. Em novembro de 2023, o governo venezuelano realizou um referendo popular sobre a anexação da região de Essequibo. A consulta foi boicotada pela oposição venezuelana e pela Guiana, que considera o referendo ilegal.

O referendo foi aprovado por 99% dos eleitores venezuelanos. No entanto, a sua validade é questionada pela comunidade internacional. A disputa territorial entre a Venezuela e a Guiana é uma fonte de tensão entre os dois países. O conflito pode ter consequências econômicas e políticas significativas para a região.

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