Segundo o economista Rodolfo Tobler da FGV, o nível de emprego atual deve favorecer o mercado de trabalho no 2º trimestre de 2022. Saiba como isso pode te afetar!
Victor Meira | [email protected]
Publicado em 07/06/2022, às 11h56
A taxa de desemprego no Brasil, que está em 10,5%, atingiu o menor nível desde o ano de 2015, conforme indica o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A percepção sobre a melhora no nível de empregos também foi observada no estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas), o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que subiu 1,4 ponto. Com isso, ele foi para 80,9 pontos.
Este resultado é o maior desde dezembro do ano passado, que registrou 81,8 pontos.
O IAEmp é uma combinação de dados das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, que visa antecipar as tendências do mercado de trabalho no país, se relacionando com o nível de emprego. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp chegou a 78,5 pontos em maio, um aumento de 2,0 pontos.
+Confira as principais vagas de emprego do Brasil no JC Concursos
LEIA TAMBÉM
O economista da FGV, Rodolpho Tobler, destaca que esta já é a segunda alta do indicador de emprego. Assim, o cenário do mercado de trabalho deve ser mais favorável no segundo trimestre.
“A melhora do quadro sanitário, após o surto do início do ano, e um certo aquecimento da atividade econômica parecem contribuir para a melhora do indicador. Ainda é preciso cautela, dado que o indicador ainda se mantém em patamar baixo e com perspectivas de recuperação lenta”, explica.
Apesar de um ambiente mais favorável, o economista alerta que o nível de atividade econômica é ainda preocupante devido a inflação alta e a política monetária mais apertada.
Na última segunda-feira (06), o Novo Caged divulgou que o Brasil tem um saldo de 770,5 mil vagas de empregos, sendo 7,71 milhões de contratações e 6,94 milhões de desligamentos. Isso representa um saldo de 3,6% menor do que o apresentado no mesmo período de 2021.
Com o aumento no número de contratações, o secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Bruno Dalcolmo, relata que o "saldo negativo é testemunho de maior base; de um maior estoque de empregos, portanto é natural que o percentual de crescimento diminua ao longo do tempo”, disse ao comentar que, no cenário de 2022, “não há expectativa de que se gere o mesmo número de empregos do ano passado, quando foram gerados mais de 2 milhões de empregos".
Dalcomo destaca que os resultados recentes foram positivos. Haja vista que houve fatores importantes, como a recuperação da economia pós-pandemia. A atuação dos benefícios visam a manutenção do emprego e da renda.
“Dito isso, a expectativa para 2022 é bastante positiva, com criação entre 1,5 milhão e 2 milhões de empregos [até o final do ano]”, encerra.
*com informações da Agência Brasil e FGV-Ibre
+++Acompanhe as principais informações sobre Sociedade e Brasil no JC Concursos
Siga o JC Concursos no Google NewsSociedadeBrasilMais de 5 mil cidades no Brasil!
+ Mais Lidas
JC Concursos - Jornal dos Concursos. Imparcial, independente, completo.