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Estados devem recorrer da decisão do ministro do STF sobre ICMS de combustíveis; saiba mais

Uma reunião sobre o tema foi convocada com urgência. Medida sobre ICMS de combustíveis deve representar “baque” para os Estados, avaliam secretários

Medida sobre ICMS de combustíveis deve representar “baque” para os Estados, avaliam secretários
Medida sobre ICMS de combustíveis deve representar “baque” para os Estados, avaliam secretários - Agência Brasil

Pedro Miranda* | [email protected]
Publicado em 17/06/2022, às 18h40

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A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça causou desconforto entre os Estados do país. Em reação à medida, uma reunião do colégio de Procuradores dos Estados foi convocada com urgência nesta sexta-feira (17). A ideia é que seja feita uma ação conjunta para recorrer a decisão sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustíveis.

Pela medida, os estados terão que cobrar o ICMS do diesel, gasolina, etanol, gás natural e biodiesel com base nos preços médios dos últimos cinco anos. A medida, que entrou em vigor em 1º de julho, é uma tentativa do governo de acelerar a redução dos preços dos combustíveis.

A decisão foi em resposta a uma petição apresentada pelo governo em ação na qual o presidente Bolsonaro questionou a forma como os estados regulamentam a Lei Complementar 192, que estabeleceu uma alíquota única de ICMS. Mendonça foi indicado pelo atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e é considerado um aliado do governo dentro do STF.

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Medida sobre ICMS de combustíveis representará “baque” para Estados,  dizem secretários

Os secretários da Fazenda dos estados acreditam que a medida atingirá mais as finanças dos estados do que o programa aprovado pelo Congresso nesta semana (PLP 18), que é limitado em 17% a 18% (dependendo de cada estado) para as alíquotas de ICMS sobre combustível, energia elétrica, combustível e transporte público. O mesmo item reforça a média móvel de 60 meses para o diesel.

Para o secretário da Fazenda de Alagoas, Jorge Santoro, o ministro aceitou a petição aditiva da coalizão de forma "inusitada" e estendeu a influência para outros combustíveis de forma semelhante. "Na visão nossa não poderia fazer", disse. "O impacto é muito maior do que o PLP 18, ninguém nem fez a conta ainda", destacou o secretário de Alagoas ao Estadão.

Conforme mostrado pelo Estadão, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) se reuniria na próxima quarta-feira para rescindir os acordos dos estados que fixavam um preço único de 1.006 reais por litro de diesel como possibilidade de desconto para cada estado.

O acordo regulamenta a Lei 192, aprovada pelo Congresso, que estabelece tarifas uniformes para o diesel. O governo, que alega que a regulamentação foi criada por picos de preços, entrou com uma ação no STF em maio para obrigar os estados a aplicar regras de transição sobre as alíquotas do ICMS para combustíveis com base nos preços médios dos últimos 60 meses.

O relator escolhido foi o ministro André Mendonça, que agora aderiu à ofensiva de redução de preços do governo. Com a retirada do acordo, entende-se que a atuação de Mendonça como relator perderá seu propósito.

Estagiário sob supervisão do jornalista Jean Albuquerque

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