Emplacamento de veículos sobe, mas venda de carros novos cai em relação a 2021, diz Fenabrave

Os emplacamentos de veículos novos, impulsionado pelo segmento de duas rodas e pesados, subiram 23,2% em relação a fevereiro e 1,4% sobre março de 2021. Apesar do resultado positivo, no acumulado do 1º trimestre, a venda de veículos novos caiu 7,6% em 2022. Os dados foram divulgados, nesta terça-feira (05), pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Em comparação com março do ano passado, a venda de carros novos caiu 23,73%. Pelo menos, ao comparar com fevereiro, o resultado é positivo, com uma alta de 8,24%. 

Para o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., o resultado foi influenciado por um conjunto de fatores, nacionais e internacionais.  “A variante Ômicron afetou a produção de diversos componentes industriais e a venda de veículos, no início do ano. Em seguida, houve o conflito entre Rússia e Ucrânia, que deixou muitos consumidores preocupados, especialmente, com os preços dos combustíveis”, afirma.

Por outro lado, Andreta ressalta que a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e a criação do Renovar (Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária) promoveram um clima positivo para o aumento na venda dos veículos em março. 

“A desoneração do IPI era necessária e foi muito bem-vinda ao Setor. Já o Renovar é um programa que levará mais segurança às vias brasileiras, pois tem como meta tirar de circulação veículos em fim de vida útil, ou seja, aqueles com mais de 30 anos que, hoje, representam 26% da frota total de caminhões no Brasil”, explica Andreta Jr.

Projeção sobre a venda dos veículos

Mesmo com a Guerra na Ucrânia, juros, inflação e combustíveis mais altos, a Fenabrave decidiu não revisar as projeções do setor automobilístico. Deste modo, há uma expectativa de crescimento de 5,2% para 2022. 

“Os efeitos da pandemia no 1º bimestre deste ano, somado aos impactos do conflito no Leste Europeu, nos leva a um cenário ainda incerto, o que nos impede de realizar revisões mais precisas, neste momento”, justifica o presidente da entidade.

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