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Dólar bateu menor cotação desde junho de 2022; entenda o motivo

As decisões da política monetária nos Estados Unidos e Brasil afetaram a cotação do dólar nesta quinta

Dólar bateu menor cotação desde junho de 2022; entenda o motivo
Agência Brasil
Victor Meira

Victor Meira

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Publicado em 02/02/2023, às 23h05

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Pela primeira vez, desde junho de 2022, o dólar operou abaixo dos R$ 5, chegando a bater R$ 4,94 na manhã. Mas o que motivou a desvalorização da moeda norte-americana? Continue no JC Concursos para entender a causa.

Ontem (01), os bancos centrais dos Estados Unidos e Brasil decidiram a sua política de juros. Por aqui, o Copom (Comitê de de Política Monetária) manteve a taxa Selic em 13,75%, enquanto que os americanos diminuíram o ritmo de alta para 0,25%, com intervalo de 4,5% e 4,75%. 

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As decisões já eram esperadas pelo mercado, mas discursos das autoridades monetárias chamaram a atenção. No comunicado, o Copom indicou a possibilidade de manter os juros altos por mais tempo por causa da falta de medidas de controle dos gastos públicos.

Com a manutenção dos juros altos no Brasil e a indicação de um maior controle inflacionário nos EUA, os investidores estrangeiros aumentaram o apetite para o risco para investimentos nos países emergentes. Logo, houve uma injeção de dólares no Brasil, o que provocou uma valorização do real. 

Este movimento é conhecido no mercado financeiro como carry trade, que se trata de uma estratégia de negociação que envolve a compra de ativos financeiros com taxas de juros mais altas e a venda de ativos com taxas de juros mais baixas, com o objetivo de obter lucro a partir da diferença entre as taxas de juros. 

Embora o juro alto estimule a entrada de dólares no Brasil e promova uma valorização do real, ele inibe o crescimento da economia. 

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Por que os juros altos inibem o crescimento da economia?

Taxas de juros altas tendem a diminuir o crescimento da economia porque elas tornam mais caro para as empresas e os consumidores emprestarem dinheiro. 

Quando as taxas de juros são altas, as empresas são menos propensas a investir em novos projetos ou a expandir suas operações, pois o custo de empréstimo aumenta. Além disso, os consumidores também podem ser afetados, pois ficam menos dispostos a gastar dinheiro em bens de consumo, já que o custo de empréstimo para comprar coisas como casas ou carros aumenta. 

Tudo isso pode resultar em uma menor demanda por bens e serviços e, consequentemente, em uma redução no crescimento econômico. Além disso, taxas de juros altas também podem afetar negativamente a inflação, pois tornam mais caro para as empresas produzirem bens e para os consumidores comprá-los.

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