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Desinformação: pesquisa aponta que Lula é 8 vezes mais atacado que Bolsonaro

Pesquisa informa que um em cada cinco disseminadores de notícias falsas no Brasil possui vínculo com a classe política, com destaque para o PL

Desinformação: pesquisa aponta que Lula é 8 vezes mais atacado que Bolsonaro
Reprodução TV Globo
Victor Meira

Victor Meira

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Publicado em 08/08/2023, às 12h17

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Uma pesquisa, realizada nos últimos cinco meses pelo UOL, analisou a distribuição de fake news no Brasil e revelou que a disseminação de notícias falsas tem uma forte conexão com a classe política. De acordo com o levantamento, a cada cinco propagadores de informações falsas, um possui ligação direta com a política, com destaque para o partido PL, ao qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é filiado.

Os resultados desse estudo, baseado em decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e no relatório final da CPI da Covid, abrangendo o período de janeiro de 2020 a janeiro de 2023, são reveladores. Um total de 480 ações e inquéritos relacionados à disseminação de desinformação foram analisados.

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O levantamento integra a investigação "Mercenários Digitais", que tem como objetivo rastrear a disseminação de desinformação na América Latina. O projeto é resultado de uma parceria entre o UOL, a Agência Pública, 21 veículos latino-americanos e quatro organizações especializadas em investigação digital, lideradas pelo Centro Latinoamericano de Investigação Jornalística (Clip).

No total, foram identificados 314 disseminadores de desinformação, sendo 270 pessoas físicas e 44 pessoas jurídicas e órgãos do governo. As sanções aplicadas incluem desde cassação de mandato até ordens de busca e apreensão, retirada de conteúdo falso das redes sociais, bloqueio de contas bancárias e de perfis, desmonetização de canais no YouTube e aplicação de multas.

Dentre os propagadores de fake news, a lista inclui 70 políticos, 37 empresas privadas, 32 empresários, 21 membros ou ex-membros da administração pública, oito empresas públicas ou órgãos do governo, dois partidos e dois movimentos políticos. Também estão presentes figuras como juízes, influenciadores digitais e jornalistas.

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Destaca-se o fato de que 49% dos políticos envolvidos nesse levantamento pertencem ao Partido Liberal (PL), que absorveu grande parte dos congressistas ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O PL abriga 34 dos 70 políticos identificados no estudo.

O ex-presidente Bolsonaro e sua família também são mencionados no contexto das fake news, com multas aplicadas por disseminação de informações falsas na internet. Além disso, figuras ligadas ao governo anterior, como a senadora Damares Alves e ex-ministros, fazem parte da lista de propagadores de desinformação.

Nos últimos quatro anos, o presidente Lula foi o principal alvo de desinformação nas redes sociais, sendo atacado por 112 pessoas e empresas. Páginas como Brasil Paralelo, Jovem Pan e Folha Política, bem como figuras públicas como Milton Neves e Latino, contribuíram para a disseminação de informações falsas envolvendo o presidente.

A pesquisa sobre a distribuição de fake news evidencia a complexa interação entre política e desinformação. Esse cenário reforça a importância de ações conjuntas entre veículos jornalísticos, instituições de investigação e sociedade para combater a propagação de notícias falsas e garantir um ambiente de informação mais saudável e confiável.

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