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Desigualdade de gênero: 2,5 milhões de mulheres deixaram de trabalhar para cuidar da casa e família

Responsabilidade invisível e não remunerada de cuidar da casa e da família das mulheres consumiu aproximadamente 12,5 bilhões de horas diárias. Veja detalhes

No aspecto salarial a disparidade racial persiste
No aspecto salarial a disparidade racial persiste - Agência IBGE
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 12/12/2023, às 18h29

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Um estudo recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que mais de 2,5 milhões de mulheres brasileiras não trabalharam em 2022 por precisarm cuidar de familiares e realizar tarefas domésticas. Essa decisão impactou significativamente suas carreiras, refletindo a persistência de modelos patriarcais na sociedade.

O relatório, intitulado Síntese de Indicadores Sociais 2023, examinou as condições de vida da população brasileira, evidenciando que cerca de 63,4% dos 7 milhões de jovens entre 15 e 29 anos que não estudavam nem trabalhavam eram mulheres. A responsabilidade invisível e não remunerada de cuidar da casa e da família consumiu aproximadamente 12,5 bilhões de horas diárias, conforme a Oxfam.

A discriminação de gênero persiste, mesmo que a sociedade tenha avançado. Mulheres continuam a enfrentar obstáculos, especialmente na equidade salarial. A situação é evidenciada pelo número expressivo de mulheres que deixaram de buscar emprego devido a responsabilidades domésticas, em comparação com os homens

No aspecto salarial a disparidade racial persiste

Em comparação, o contingente de homens que deixaram o mercado de trabalho pelas mesmas razões, e que não estavam procurando emprego, foi de 80 mil, representando menos de 4% do total de mulheres na mesma situação. Os problemas de saúde foram o motivo principal alegado por eles, totalizando 420 mil casos.

Entre os homens que buscavam emprego, apenas 17 mil mencionaram questões domésticas como impeditivas. A razão mais comum, citada por 356 mil homens, foi a falta de oportunidades de trabalho em suas localidades. Por outro lado, 484 mil mulheres afirmaram o mesmo motivo.

No aspecto salarial, por exemplo, a disparidade racial persiste, com profissionais brancos recebendo 61,4% a mais por hora trabalhada em comparação com pretos e pardos. Essa disparidade é observada em todos os níveis de instrução, resultando em uma média geral de R$ 20 por hora para profissionais brancos, em contraste com R$ 12,40 para profissionais negros.

A análise histórica do IBGE revela que essa disparidade racial pouco evoluiu ao longo da última década. Em 2012, a média de rendimentos dos profissionais brancos era 69,8% superior à dos profissionais negros.

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