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Desconcentração econômica no Brasil avança, mas desigualdades regionais persistem

São Paulo e Rio de Janeiro foram as cidades que mais perderam participação no PIB. Desconcentração é atribuída a uma tendência acentuada em 2020

Houve uma queda na participação das capitais no PIB nacional
Houve uma queda na participação das capitais no PIB nacional - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 15/12/2023, às 11h01

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Um recente estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela uma significativa mudança na dinâmica econômica do Brasil ao longo dos últimos anos. Contrariando a tendência de concentração nas grandes metrópoles, a economia brasileira tem se descentralizado, com cidades de menor porte ganhando protagonismo no Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O relatório, intitulado "PIB dos Municípios", destaca que em 2002 apenas quatro cidades - São Paulo (12,7%), Rio de Janeiro (6,3%), Brasília (3,6%) e Belo Horizonte (1,6%) - correspondiam a cerca de um quarto do PIB nacional. Entretanto, em 2021, esse grupo expandiu para 11 cidades, totalizando aproximadamente 25% da economia brasileira.

As novas integrantes desse seleto grupo incluem Manaus (1,1%), Curitiba (1,1%), Osasco (SP) (1%), Maricá (RJ) (1%), Porto Alegre (0,9%), Guarulhos (SP) (0,9%) e Fortaleza (0,8%). O aumento no número de cidades reflete uma distribuição mais equitativa da riqueza, indicando uma desconcentração notável em comparação com o cenário de 2002.

Houve uma queda na participação das capitais no PIB nacional

O estudo revela que, em 2021, era necessário somar as riquezas de 87 cidades para atingir 50% do PIB, um aumento significativo em comparação com as 48 cidades necessárias em 2002. Isso aponta para um país menos centralizado economicamente.

Outro dado relevante é a queda na participação das capitais no PIB nacional. Em 2021, as capitais representaram 27,6% da economia, marcando o menor índice desde o início da pesquisa em 2002. A desconcentração é atribuída a uma tendência acentuada em 2020, quando as atividades de serviços presenciais, predominantemente concentradas nas capitais, foram impactadas pelas medidas restritivas de isolamento durante a pandemia de Covid-19.

Embora São Paulo permaneça a capital mais rica, algumas cidades surpreendem ao ultrapassar as capitais em termos de participação no PIB estadual. Parauapebas, no Pará, Serra, no Espírito Santo, e Itajaí e Joinville, em Santa Catarina, são exemplos notáveis dessa descentralização.

Ao analisar a evolução ao longo dos anos, São Paulo e Rio de Janeiro foram as cidades que mais perderam participação no PIB entre 2002 e 2021, enquanto Maricá, no Rio de Janeiro, experimentou o maior ganho devido à extração de petróleo e gás.

O estudo também abordou o PIB per capita, liderado por Catas Altas, uma cidade mineira impulsionada pela extração de minério de ferro. O ranking destaca desigualdades regionais, com médias variando consideravelmente entre as regiões do país.

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