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Dados alarmantes: Endividamento das famílias atinge 77,4% em setembro

Dados divulgados pela Peic nesta quarta-feira (11) apontam para tendência de estabilidade no endividamento das famílias brasileiras em setembro

Mulher segura cartão de crédito
Mulher segura cartão de crédito - Freepik
Jean Albuquerque

Jean Albuquerque

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Publicado em 11/10/2023, às 18h42

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Segundo dados divulgados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), nesta quarta-feira (11), mesmo sendo alarmante, a taxa de endividamento das famílias do país manteve inalterada em setembro, em 77,4%. 

O levantamento que foi conduzido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) ainda aponta que esse número representa o menor nível de endividamento desde julho de 2022, o que pode sinalizar uma tendência de estabilidade. 

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Endividamento estável

Os números apontam para a continuidade da estabilidade no número de famílias com compromissos financeiros, abrangendo áreas como cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado, prestação de veículos e imóveis.

No entanto, uma análise das faixas de renda revela um aumento de 0,3 ponto percentual (p.p.) no endividamento das famílias de renda mais baixa, aquelas que recebem até três salários mínimos, em comparação a setembro de 2022. 

Esse dado sugere desafios persistentes nesse segmento, conforme apontado pela CNC, que ressalta que essas famílias terão seus CPFs limpos a partir deste mês, graças ao programa Desenrola, do governo federal.

A CNC observa que o endividamento em si não necessariamente indica problemas financeiros, a menos que esteja associado à inadimplência, que também tem aumentado na faixa de renda mais baixa. Nesse segmento, 38,6% dos consumidores admitem ter dívidas em atraso, o que representa um aumento de 0,7 p.p. em relação ao mês anterior. 

Esse valor é equivalente ao observado em setembro do ano passado e representa o nível mais elevado desde novembro de 2022. Além disso, a pesquisa revela que 18,3% dos consumidores desse grupo afirmam não ter condições de quitar suas dívidas passadas, o que constitui o maior percentual registrado na série histórica deste indicador.

Cartão de crédito é o principal vilão 

Entre aqueles que possuem dívidas, 86,2% estão comprometidos com pagamentos vinculados ao cartão de crédito, ainda se mantendo como a modalidade de dívida predominante. Isso representa um aumento em relação a setembro de 2022, quando houve um incremento de 0,6 pontos percentuais nesse indicador.

A pesquisa Peic também revela que as taxas de juros no crédito rotativo do cartão de crédito atingiram níveis preocupantes, alcançando uma média de 445,7% ao ano. Este é o maior aumento de todos os tipos de dívida. 

Além disso, dados do Banco Central indicam um aumento na utilização do crédito no cartão em comparação a agosto de 2022, com um aumento de 10% nos pagamentos à vista e de 28% nos parcelados.

Analisando o endividamento no cartão de crédito, verifica-se que houve um aumento de 0,3 ponto percentual entre os consumidores de renda média e baixa em comparação com setembro de 2022, enquanto entre os de renda alta, ocorreu uma diminuição de 0,3 ponto percentual.

Ao longo do ano, observam-se variações no uso desse meio de pagamento. O percentual de homens endividados aumentou 1,5 ponto percentual, enquanto entre as mulheres, houve uma diminuição de 0,5 ponto percentual.

Embora tanto homens (redução de 2,3 pontos percentuais) quanto mulheres (redução de 1,8 pontos percentuais) tenham conseguido reduzir seu endividamento anual, no mês em análise, a proporção de homens endividados apresentou uma leve diminuição de 0,1 ponto percentual, mantendo-se em 79,1% para as mulheres.

Em termos de dificuldades para quitar dívidas, um número ligeiramente maior de mulheres (30,6%) relata enfrentar problemas em comparação com os homens (29,6%), de acordo com as conclusões da CNC.

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