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Cenário da guerra em Gaza: pessoas sofrem com fome e surto de diarreia atinge milhares de crianças

Falta de água e alimentos agravam crise humanitária na Faixa de Gaza. Falta de combustível resultou no fechamento de fábricas de dessalinização, agravando o risco de infecções

PAM faz apelo urgente por 112 milhões de dólares para fornecer ajuda alimentar a Gaza
PAM faz apelo urgente por 112 milhões de dólares para fornecer ajuda alimentar a Gaza - Canva/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 09/11/2023, às 22h17 - Atualizado em 10/11/2023, às 00h14

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Um relatório alarmante da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que a escassez de água potável na Faixa de Gaza está desencadeando um surto massivo de diarreia que já afetou mais de 33.000 pessoas, sendo a metade delas crianças, desde meados de outubro. Essa estatística é significativamente superior à média de 2.000 casos mensais registrados em 2021 e 2022, o que já era considerado um nível elevado pela OMS.

Conforme a OMS, a falta de combustível resultou no fechamento de fábricas de dessalinização, agravando significativamente o risco de infecções bacterianas, como a diarreia. Além disso, o relatório também aponta para outros problemas de saúde em Gaza, incluindo 8.944 casos de sarna e piolhos, 1.005 casos de varicela, 12.635 casos de erupção cutânea e 54.866 casos de infecções respiratórias superiores desde meados de outubro.

Outra crise assolando a Faixa de Gaza é a fome. Conforme o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM), todos os 2,3 milhões de habitantes de Gaza estão enfrentando insegurança alimentar, representando um aumento alarmante em comparação com a situação anterior à crise. 

PAM faz apelo urgente por 112 milhões de dólares para fornecer ajuda alimentar a 1,1 milhão de pessoas em Gaza nos próximos 90 dias

As pessoas em Gaza enfrentam o risco iminente de desnutrição. Kyung-nan Park, diretor de emergências do PAM, afirmou que antes de 7 de outubro, cerca de 33% da população sofria com a insegurança alimentar, mas agora esse número aumentou para 100%.

No entanto, além do financiamento, o PAM também enfrenta desafios relacionados ao acesso à Gaza, pois desde a reabertura da passagem de Rafah para carga humanitária, o número médio diário de caminhões que entram no território são de 19% do que era antes do conflito, tornando a distribuição de ajuda extremamente difícil.

Kyung-nan Park, do PAM, também destacou a difícil situação dos próprios funcionários da organização em Gaza, que estão sofrendo com a falta de alimentos. A falta de combustível e suprimentos fez com que a maioria das padarias na região fechasse, deixando as pessoas desesperadas em busca de comida.

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