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Ataque à escola de São Paulo: cuidado para não promover o efeito contágio

Uma aluna morreu e três estudantes ficaram feridos nesta segunda após um ataque à escola estadual na zona leste de São Paulo

Pessoa segura arma nas costas
Pessoa segura arma nas costas - Divulgação
Mylena Lira

Mylena Lira

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Publicado em 23/10/2023, às 18h27

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Uma aluna morreu e três estudantes ficaram feridos, nesta segunda-feira (23), após um ataque à escola estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo. Segundo o governo paulista, um dos alunos se machucou ao tentar fugir do ataque. Todos os feridos foram levados para o Hospital Geral de Sapopemba.

Ainda de acordo com a nota divulgada pelo governo estadual, a Polícia Militar prendeu o autor dos disparos e a arma usada no crime. Os nomes do autor dos disparos e os das vítimas não foram divulgados. O governo de São Paulo lamentou o ataque e expressou solidariedade às vítimas e famílias.

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também usou a rede social X para expressar solidariedade às vítimas, famílias e à comunidade escolar. Segundo o ministro, “o Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça foi acionado para auxiliar a polícia de São Paulo a aprofundar as investigações”.

Evitar efeito contágio

O governo de São Paulo pediu a atenção de todos, principalmente dos jornalistas, para que não reproduzam vídeos do ataque, caso estes venham a circular na Internet. Isso porque estes vídeos causam o chamado “efeito contágio”, estimulando novos episódios. Foi solicitada a colaboração de todos os veículos da imprensa para que se respeite esta orientação.

"Nesse momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares", ressaltou o governo paulista em nota.

Segundo o Instituto Sou da Paz, nos últimos 21 anos foram registrados mais de 20 atentados em escolas no Brasil e nove deles foram em 2023. Dois apenas neste mês de outubro: um em Minas Gerais no dia 10 e outro em São Paulo hoje. Ao todo, 49 pessoas morreram vítimas desse tipo de ataque nas últimas duas décadas.

No início do ano, veículos de imprensa anunciaram mudanças na forma de noticiar ataques a escolas. Foi decidido não divulgar nomes, fotos e vídeos dos acusados. As medidas seguem recomendações de especialistas e de instituições e o objetivo é evitar o chamado efeito contágio, que é estimular outros atentados. Entidades médicas apontam conexão causal entre violência na mídia e comportamento agressivo em algumas crianças.

Atirador sofria bullying e apanhava na escola

Segundo publicou a CNN Brasil, a arma utilizada pelo adolescente no ataque nesta manhã era legalizada e pertenceria ao pai do suspeito. Fontes ouvidas pela emissora, cujos nomes não foram divulgados, informaram que o autor dos disparos teria vasculhado a casa do pai e localizado a arma, que tem registro antigo, e as munições, que estavam guardadas em locais separados.

O adolescente sofria bullying há tempos na escola por ser homossexual, o que teria motivado o ataque. Além de agressões verbais, ele seria vítima de agressões físicas com frequência, o que levou sua mãe a registrar um boletim de ocorrência em abril deste ano. Ao tomar conhecimento do fato, a escola teria apenas sugerido que a mãe mudasse o adolescente de unidade escolar.

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