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Assédio em São Paulo: mulheres relatam medo em transporte público, ruas e trabalho

O transporte público foi considerado o local de maior risco para mulheres em São Paulo. Mulheres tambem são responsáveis pela maior parte ou todas as tarefas de casa

Transporte público foi considerado o local de maior risco para mulheres em São Paulo
Transporte público foi considerado o local de maior risco para mulheres em São Paulo - Foto: Karime Xavier
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 05/03/2024, às 19h25

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Um novo estudo lançado nesta terça-feira (5) pela Rede Nossa São Paulo em colaboração com o instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) expôs uma realidade preocupante: duas em cada três mulheres na capital paulista já enfrentaram algum tipo de assédio, destacando o transporte público como o local de maior risco.

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Os dados da pesquisa 'Viver em São Paulo: Mulheres' revelam que, dentre as entrevistadas, 53% relataram terem sido alvo de gestos, olhares invasivos ou comentários desconfortáveis, enquanto 44% enfrentaram assédio no transporte público e 29% no ambiente de trabalho. A pesquisa também aponta que 25% das mulheres já foram vítimas de agressões físicas ou verbais sem consentimento.

A sensação de insegurança é predominante, com 37% das mulheres considerando o transporte público como o local de maior risco, seguido por ruas (24%), bares e casas noturnas (10%), e pontos de ônibus (8%).

Mesmo com avanços sociais, ainda persiste o estereótipo dos papéis de gênero 

Em relação à luta contra o assédio e a violência, 49% dos entrevistados acreditam que o aumento das penas para os agressores é a medida prioritária, seguida pela ampliação dos serviços de proteção (37%), criação de novas leis (35%) e agilização das investigações (30%).

A pesquisa também abordou a divisão de tarefas domésticas, revelando que em 41% dos lares de São Paulo as mulheres são responsáveis pela maior parte ou todas as tarefas. Apesar disso, a percepção sobre a divisão equitativa de tarefas difere entre homens e mulheres, evidenciando uma sobrecarga do cotidiano feminino.

Segundo a Rede Nossa São Paulo, as mulheres se dedicam mais às tarefas domésticas, incluindo o cuidado com os filhos, enquanto os homens tendem a se concentrar em afazeres complementares, como consertos e organização. A entidade enfatizou que, mesmo com os avanços sociais, ainda persiste o estereótipo dos papéis de gênero no âmbito doméstico.

O estudo reforça a urgência de políticas públicas que promovam a segurança e a igualdade de gênero, bem como o engajamento da sociedade na luta contra o assédio e na promoção da equidade nas responsabilidades familiares.

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