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Aprovado! Forças Armadas podem ser acionadas por Bolsonaro durante as eleições 2022

O decreto que aprova essa medida foi publicado no Diário Oficial da União na última sexta-feira (12). Confira por qual motivo o presidente Bolsonaro autorizou o uso das Forças Armadas nas eleições 2022

Militares do Exército em formação e tanque ao fundo
Militares do Exército em formação e tanque ao fundo - Divulgação/Agência Brasil
Mylena Lira

Mylena Lira

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Publicado em 16/08/2022, às 15h52

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O presidente Jair Bolsonaro pode acionar as Forças Armadas para as eleições 2022. O decreto que aprova essa medida foi publicado na última sexta-feira (12) no Diário Oficial da União. Além do presidente, assinaram o documento os ministros da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno.

Neste ano, cerca de 155 milhões de brasileiros estão aptos a votar nos dias 2 e 30 de outubro, quando vão ocorrer o 1º e o 2º turno, respectivamente. No Brasil, o voto é facultativo apenas para os analfabetos, aos jovens de 16 a 18 anos e também aos idosos a partir de 70 anos. Portanto, é obrigatório para os alfabetizados com idades entre 18 e 70 anos.

O eleitor precisará escolher representantes para os seguintes cargos políticos:

  • presidente da República;
  • governador;
  • senador;
  • deputado federal;
  • deputado estadual; e
  • deputado distrital.

A possibilidade de Bolsonaro convocar os militares nas eleições consta em norma federal. A Lei Complementar nº 97/1999 estabelece que "o emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, e na participação em operações de paz, é de responsabilidade do Presidente da República, que determinará ao Ministro de Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais".

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Forças Armadas nas eleições 2022: motivo

A participação dos militares do exército, da marinha e da aeronáutica em dias de eleição é algo comum no país. Os próprios Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) solicitam o apoio das forças armadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável por definir as localidades e o período de emprego dos militares.

Segundo o TSE, as Forças Armadas atuam nas eleições, tradicionalmente, no apoio logístico, com o transporte de urnas eletrônicas, pessoas e materiais para locais de difícil acesso. Também contribuem para garantir o livre exercício do voto, a normalidade da votação e da apuração dos resultados, realizada pela Justiça Eleitoral.

O decreto assinado por Bolsonaro que autoriza o uso dos militares visa, justamente, garantir a votação e a apuração do pleito. As Forças Federais também ajudam a manter a ordem pública em localidades em que a segurança precise de suporte extra.

O TRE do Rio de Janeiro, por exemplo, já requisitou que as Forças Armadas façam a segurança das eleições em todo o estado. É o quinto ano seguido que o pedido é feito e o motivo seria o cenário de violência urbana, potencializado recentemente pelos casos de violência política.

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Requisitos para o pedido

Ao encaminhar o pedido de auxílio das Forças Federais ao TSE, os TREs precisam justificar os motivos que demandam a requisição. As solicitações devem apontar fatos que revelem o risco de perturbação das atividades eleitorais e devem ser feitas de forma apartada para cada zona eleitoral.

Além disso, os tribunais regionais têm de relatar a existência de riscos à ordem pública durante o processo eleitoral ou de resistência ao cumprimento das decisões tomadas pela Justiça Eleitoral. Os requerimentos são analisados pelo TSE e somente se forem aprovados os TREs poderão contar com o suporte do comando local da Força Federal.

O número de locais assistidos pelos militares no dia de votação aumentou nos últimos anos. A quantidade de municípios que receberam o suporte das Forças Armadas nas últimas eleições foram: 279 cidades no primeiro turno das Eleições Gerais de 2014; 467 municípios no 1º turno de do pleito municipal de 2016; 513 localidades no pleito geral de 2018; e 613 cidades no 1º turno de 2020.

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