A cingapuriana Changi informou que entregou a concessão do aeroporto do Galeão por não conseguir reestruturar financeiramente a RioGaleão
Victor Meira - [email protected]
Publicado em 11/02/2022, às 10h09
A empresa cingapuriana Changi anunciou, recentemente, que irá entregar a concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, depois de oito anos da privatização, que foi realizada em 2014. O contrato de concessão teria validade até 2039, com 51% de participação da companhia asiática e 49% da Infraero. A Changi assumiu o controle em 2017, quando a Odebrecht deixou o empreendimento.
A Changi informou ter apresentado para as autoridades federais um pedido de relicitação da concessão aeroportuária. A decisão de sair do empreendimento foi tomada porque a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) negou uma demanda da empresa, uma reestruturação econômica e financeira do contrato de concessão.
A RioGaleão queria fazer um reequilíbrio “completo” da companhia, visto que o consórcio sofreu com as consequências econômicas provocadas pela pandemia de covid-19.
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, fontes da área de aviação relataram que a Anac está promovendo alterações anuais nos contratos. Porém, na visão da RioGaleão, isso não seria suficiente para manter a estabilidade econômica e financeira.
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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou, na última quinta-feira (11), que os aeroportos do Rio de Janeiro, Galeão e Santos Dumont, serão licitados para um único concessionário em 2023. A decisão de promover um processo de licitação em conjunto ocorreu após a RioGaleão, operadora do Aeroporto Internacional Tom Jobim, divulgar a devolução da concessão.
Tarcísio destacou que fazer um processo de licitação único para o Santos Dumont não faz mais sentido. Segundo ele, no segundo semestre de 2023 será estruturada a 8ª rodada de concessão de aeroportos, que deve englobar Galeão e Santos Dumont. Afirmou, ainda, que a RioGaleão será ressarcida por investimentos não amortizados.
No Twitter, o governador do Estado, Cláudio Castro, salientou que o grupo de trabalho que trata do tema no Ministério da Infraestrutura vai construir a “melhor modelagem” para garantir que a decisão da Changi seja um instrumento de recuperação do sistema aeroportuário do Rio.
Com a decisão da concessionária do Galeão de entregar o aeroporto, o RJ e o Brasil têm uma enorme oportunidade para fazer a relicitação alinhada com a concessão do Santos Dumont. Vamos trabalhar para valorizar os dois aeroportos e construir o melhor resultado para o estado.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) February 10, 2022
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